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  • 27/Jul/2021

    Covid-19: os cuidados que o paciente deve ter mesmo após se 'curar'

    Por: Mariana Alvim - BBC News Brasil em São Paulo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que independentemente da gravidade na doença aguda, qualquer pessoa que teve covid-19 pode apresentar sintomas posteriores que necessitam de acompanhamento.

    "Covid longa", "covid persistente", "covid-19 pós-aguda" ou a "síndrome pós-covid" são alguns nomes que vêm batizando um conjunto de resquícios da doença causada pelo novo coronavírus ou novos problemas de saúde que uma pessoa pode ter semanas ou meses depois da fase aguda da covid-19 — quando a replicação viral é mais ativa, resultando normalmente em testes positivos e sintomas típicos dessa fase, como febre e tosse seca.

    O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês, uma agência de saúde pública) definiu que prefere o termo "condições pós-covid", que consistem em problemas de saúde manifestados a partir de quatro semanas após a primeira infecção.

    Um estudo que acompanhou 1.733 pessoas por seis meses após a infecção por covid-19 em Wuhan, na China, mostrou que a maioria (76%) relatou pelo menos um sintoma nesse período posterior à fase aguda. Os mais relatados foram cansaço e fraqueza muscular (63%); dificuldades para dormir (26%); e ansiedade e depressão (23%).

    Além dos frequentes sintomas de fundo neurológico e psíquico, autoridades alertam também para consequências graves da covid-19 no pulmão e coração.
    Então, depois de lidar com a fase aguda, como uma pessoa pode monitorar as consequências da doença? A BBC News consultou médicos, pesquisas científicas e recomendações de autoridades para responder, a partir do que se sabe sobre a doença hoje.

    - Exames quando houver sinais

    Os entrevistados afirmaram que, em linhas gerais, ter tido covid-19 por si só não deve motivar uma corrida por exames e consultas médicas posteriores, ainda mais considerando-se a necessidade do isolamento social — a não ser que existam sintomas incômodos e persistentes.

    "A maioria dos casos de covid-19 afeta apenas as vias aéreas (como no nariz e na garganta), há muitos casos assintomáticos ou apenas ambulatoriais (onde acontecem atendimentos menos graves). Não tem necessidade de fazer exames em todas as pessoas que tiveram covid-19, não tem necessidade de elas serem rotineiramente acompanhadas (por médicos)", diz o infectologista Moacyr Silva Junior, do Hospital Israelita Albert Einstein.
    Silva Junior conta que a prática no seu hospital é fazer exames de retorno presenciais, cerca de sete a dez dias após a alta, apenas em pessoas que ficaram internadas.

    "Os casos que precisam de mais atenção são os internados. Dias depois, fazemos exames de rotina, como de sangue", explica, detalhando que a equipe busca nos exames de sangue indicadores sobre o rim, o fígado, a coagulação e a normalização de células do sistema de defesa, entre outros.
    Em janeiro, em uma nova edição de suas recomendações para a prática médica envolvendo a covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu um capítulo dedicado apenas ao cuidado de pacientes posterior à doença aguda, defendendo que "pesquisas sobre sequelas de médio e longo prazo da covid-19 são prioritárias".

    Na publicação, a OMS ratificou que "pacientes internados em UTIs têm maior prevalência de sintomas em quase todos os domínios" da covid-19 persistente. Uma exceção para a relação entre gravidade na doença aguda e efeitos posteriores são os sintomas neurológicos e psíquicos, como será detalhado abaixo.
    'Pacientes internados em UTIs têm maior prevalência de sintomas em quase todos os domínios' da pós-covid, diz publicação da OMS.

    Mas a organização reconhece na publicação que, independentemente da gravidade na doença aguda, qualquer pessoa que teve covid-19 pode apresentar sintomas posteriores que necessitam de acompanhamento — e alguns podem não ser tão aparentes, como alterações cognitivas, o que exige atenção também de parentes e cuidadores.

    Por outro lado, há consequências de covid-19 que colocam a vida em risco e exigem atendimento emergencial, como embolia pulmonar, infarto do miocárdio, arritmias, miopericardite, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), convulsões e encefalite, completa a OMS.

    - Consequências nos pulmões e no coração

    Um artigo que fez uma revisão de pesquisas científicas já feitas sobre o tema, publicado em março na revista Nature, mostrou que, em várias partes do mundo, a falta de ar foi relatada em média por 30% dos pacientes acompanhados nos meses seguintes à fase aguda.

    A própria OMS tem uma cartilha (em inglês) com exercícios a serem realizados pelas próprias pessoas que venham a sentir falta de ar em casa.
    Mas, quando essas técnicas não resolvem o problema e há sinais como falta de ar insuportável e desmaios, é hora de procurar ajuda médica.

    "Quando a pessoa está se recuperando em casa, mas sente desconforto durante atividades diárias, sejam elas cotidianas ou práticas esportivas, quando percebe um cansaço desproporcional, é importante ser avaliada", explica Gustavo Prado, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

    Prado explica que o paciente com sintomas respiratórios prolongados costuma passar por exames de imagem, como uma radiografia ou tomografia de tórax, por provas da função pulmonar, como a espirometria, e por uma avaliação do desempenho físico, como teste de esforço com caminhada.

    Estes exames podem ajudar também a detectar a fibrose pulmonar, uma das duas complicações crônicas no órgão mais graves da covid-19, de acordo com o pneumologista — a outra é a hipoxemia, a baixa oxigenação decorrente de problemas nas trocas gasosas nos alvéolos pulmonares, em que o oxigênio do ar é captado pelo sangue e o CO2 é liberado.

    "Nos pacientes que tiveram comprometimento pulmonar mais extenso, a troca gasosa é diminuída, e a possibilidade de evolução para fibrose é maior. A fibrose é aquela alteração crônica do pulmão que se preenche de cicatrizes, onde antes tinha inflamação. Em qualquer lugar onde a cicatriz se instala, a funcionalidade do tecido diminui. Ele fica mais rígido e não executa normalmente suas funções", explica Prado.

    "É incomum a gente observar fibrose em quem teve quadros leves. Ela vai ser mais perceptível nos pacientes que apresentaram formas graves, internações prolongadas, normalmente necessidade de uso de oxigênio e até intubação e ventilação mecânica durante a internação. É improvável a fibrose aparecer tardiamente como uma surpresa, ela normalmente é um quadro progressivo que instala a partir dessa primeira agressão pulmonar pela infecção."

    O coração também é um dos alvos do coronavírus, ainda mais em casos graves na fase aguda, e como consequência persistente pode levar à falta de ar, assim como ocorre em problemas envolvendo o pulmão — coincidências que mostram a importância da consulta médica.

    "É muito difícil para o próprio paciente identificar se uma dificuldade de realizar um determinado esforço, ou uma atividade que ele ante fazia sem nenhum comprometimento, é por uma limitação respiratória, por uma fraqueza muscular ou por um problema cardiovascular", exemplifica Prado.

    Segundo o artigo publicado na Nature, outros sintomas persistentes da covid-19 no coração são a palpitação e a dor no peito, que podem indicar sequelas de longo prazo, como a fibrose miocárdica, arritmias, e miocardite, problemas constatados, além da consulta médica, por exames como ecocardiograma e eletrocardiograma.

    - Efeitos no cérebro

    Cansaço, dor de cabeça e depressão estão entre problemas frequentemente relatados por que teve covid-19, mesmo semanas ou meses depois da infecção
    "Praticamente todo campo da neurologia parece ter efeitos, a gama de sintomas é muito grande", diz Clarissa Yasuda, médica e professora do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    Ela e uma equipe de pesquisadores da universidade estão acompanhando as consequências no cérebro de pessoas que tiveram covid-19 no levantamento Neuro-Covid. Há um questionário online aberto para pessoas contribuírem com a pesquisa.

    Em outubro de 2020, a equipe publicou um estudo do tipo pré-print (sem a chamada revisão dos pares, etapa padrão em que outros especialistas analisam um estudo e decidem se ele será publicado ou não em uma revista científica) com dados sobre 81 pessoas que tiveram covid-19 leve e se recuperaram.

    Elas passaram por exames de ressonância magnética, questionários e testes cognitivos, que mostraram que, em média 60 dias após o diagnóstico da covid-19, os pacientes ainda apresentavam dor de cabeça (40%), fadiga (40%), alteração de memória (30%), ansiedade (28%), depressão (20%), perda de olfato (28%) e paladar (16%), entre outros.

    "Existem muitas manifestações. A pessoa deve ficar atenta se as coisas não estão iguais a antes da infecção — no sono, nas lembranças, no desempenho de atividades diárias, se há dor de cabeça, redução da sensibilidade, alteração dos sentidos… Com a persistência dos sintomas, sugiro buscar um neurologista", recomenda Yasuda.

    A médica explica que exames como o de ressonância magnética, que estão sendo aplicados em voluntários, podem ajudar no diagnóstico. Mas nem sempre.
    "A maioria das disfunções neurológicas mais sutis, que afetam a vida diária — memória, alteração no sono… —, não levam a alterações na ressonância. Colher sangue, fazer exame de ressonância vai resolver? Muitas vezes não. Na suspeita de persistência de problema neurológico, a pessoa tem que ser examinada e entrevistada por um neurologista."

    Em suas recomendações sobre efeitos neurológicos e psíquicos de médio e longo prazo da covid-19, a OMS sugere a aplicação de questionários referendados por cientistas, como a Avaliação Cognitiva de Montreal e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão.

    Segundo Yasuda, alguns questionários são por padrão aplicados pelo médico, enquanto outros podem ser feitos pelo próprio paciente sozinho. De todo modo, ela lembra que tais avalições são mais um instrumento e não o diagnóstico final — esse um papel do médico, que chega a tal resultado combinando informações dos questionários, exames, consultas presenciais e histórico do paciente.

    Diferente dos efeitos persistentes no coração e no pulmão, a professora da Unicamp diz que as consequências no cérebro chamam a atenção por afetar muitas pessoas que tiveram uma covid-19 leve.

    "Desde janeiro, milhares de pessoas responderam nosso formulário. E, agora, a cada dia aparece mais gente com queixas neurológicas. É muito angustiante. A maior implicação disso será a volta dessas pessoas ao trabalho. A consequência será imensa", diz, referindo-se às dificuldades de concentração, bem-estar, memória, entre outras, com que milhares de pessoas já estão vivendo, e muitas mais viverão, no pós-covid.

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  • 24/Jun/2021

    Junho Violeta: um mês dedicado à conscientização do combate à violência contra a pessoa idosa

    Por: SESC / SC

    Em 15 de junho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, data que alerta para a responsabilidade de cada um na construção de uma sociedade que respeite e garanta os direitos dos 60+.

    Você sabe identificar um episódio de violência contra os idosos? Conhece os canais de denúncia? Por mais incrível que pareça, a violência contra a pessoa idosa é uma realidade e precisamos combatê-la.

    Infelizmente desde que iniciou a pandemia, houve um aumento expressivo do número de denúncias. Dados do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) revelam que, só no primeiro semestre deste ano, mais de 33,6 mil casos de violações de direitos humanos foram registrados contra o idoso no país.

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), situações de violência contra a pessoa idosa são ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional da pessoa, impedindo o desempenho de seu papel social. Segundo dados do Disque 100, mais da metade das denúncias de violência contra idosos apontam que os episódios acontecem no ambiente doméstico da vítima; grande parte dos suspeitos de cometer a violência são filhos ou netos. Por isso, valorizar o processo de envelhecimento e fortalecer as redes de apoio são pontos essenciais para promover o exercício coletivo do cuidado e da segurança nas relações cotidianas.

    A nossa ferramenta para enfrentar, sensibilizar, coibir e amenizar esse sofrimento é a conscientização da sociedade como um todo. Este é o objetivo do Junho Violeta, um mês de reflexões e de celebração do Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa (15/06), criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa no ano 2006. A data alerta para a responsabilidade de cada um na construção de uma sociedade que respeite e garanta os direitos desse público.

    Situações de violência

    Considerado crime, esse tipo de violência acontece de diversas formas, desde a física até a psicológica. Para garantir os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, foi criado o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003).

    Você sabe identificar um episódio de violência? Conheça algumas situações:

    • Violência psicológica contra pessoa idosa é crime: gritar, xingar, discriminar, menosprezar, agir com preconceito ou humilhar levam a pessoa idosa à tristeza e consequentemente à depressão.

    • Abandono de pessoas idosas também é crime: todos nós temos histórias de vida próprias e trajetórias singulares que criam nossa identidade. Com os idosos não é diferente. Mas, muitas vezes, eles são privados do convívio com a família. Seja pelo descaso proposital, seja por ser forçado a ir para uma instituição ou casa de repouso.

    • Abuso econômico de pessoas idosas é crime: administrar as finanças na velhice pode ser uma dificuldade, sobretudo dentro de casa. Mais da metade dos crimes de abuso econômico de idosos envolve os parentes mais próximos, como filhos, netos e sobrinhos que se apropriam dos recursos e bens por meio de intimidação ou mesmo sem consentimento.

    Como denunciar:

    As denúncias de violência contra a pessoa idosa podem ser feitas pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos). O atendimento é realizado diariamente, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana Denúncias também podem ser feitas pelo aplicativo Proteja Brasil (disponível para smartphones), para a Delegacia Online da Polícia Civil do seu estado e também ligando para a Emergência Policial - DISQUE 190 – Polícia Militar.

    Veja o artigo na íntegra em www.sesc-sc.com.br

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  • 25/May/2021

    Como retomar a vida com o coração em luto

    Por: Vanessa Thalita Romanini Amadeu - Psicóloga e Líder do Feminino

    Retomar com o luto ainda no coração é um desafio... buscar uma luz no final no túnel em meio a escuridão sem fim parece ser impossível.

    Depois da partida da Lari, minha irmã, precisei buscar todos os recursos dentro de mim.... ela se foi como um cometa... uma luz que passou por 34 anos em nossas vidas. Muitos sonhos se foram com ela... mais muitos ainda podem ser realizados por ela.

    Ainda no seu sepultamento escutava coisas do tipo "você é psicóloga vai saber lidar com isso" estou me permitindo ser humana... É viver o luto que me cabe, com todo direito que tenho de chorar. Claro que eu sei a teoria... tenho inclusive uma monografia em Luto... por isso também posso afirmar cada pessoa tem um tempo, tem um ritmo, tem uma cor nesse processo de perda...

    Costumo dizer que no luto a gente se sente cinza, parece que vemos o mundo em preto e branco.

    A gente continua vivendo, mas é como estar diante de um lindo lago onde não se consegue acessar a beleza...

    É preciso caminhar, um passo de cada vez... foi por isso que decidi ir retomando aos poucos as postagens em minhas redes sociais.

    Esse artigo em específico é para você que como eu está sofrendo a dor da partida... que sente que seu coração ficou pela metade...Coloquei 7 coisas que venho buscando fazer todos os dias para conseguir continuar a minha jornada...Espero que também lhe ajude.

    1. Acolha suas emoções - Chorar faz parte, permita-se deixar que as lágrimas corram, mas se por algum motivo o riso aparecer, talvez por lembra de algo bom de quem se foi acolha seu sorriso também;
    2. A raiva também faz parte - Não se culpe por sentir raiva, permita-se até dar uns berro, mas respire fundo...a raiva é como qualquer emoção e no processo de luto é muito natural senti-la. Porém, não dique alimentando a revolta, pois isso apenas provoca mais dor e não trará quem se foi de volta;
    3. Busque viver um minuto de cada vez - É importante viver o aqui e o agora sem ficar antecipando a dor da ausência;
    4. Busque olhar para sua espiritualidade - A Fé pode te ajudar muito nesse momento;
    5. Busque olhar para o seu propósito - Por mais que doa, se você está aqui na Terra é porque ainda tem algo para realizar, se nesse primeiro momento não seja possível fazer por si mesmo, lembre-se que quem se foi quer você seguindo o fluxo da vida;
    6. Refaça seus sonhos - O coração de quem se foi vive no seu agora, o que dos sonhos que você tinha com ela podem ser realizados por você?
    7. Esqueça o “Se” - "É se eu tivesse feito...” o “Se” é passado, e ele não pode ser mudado. Lembre-se que você e quem se foi deram o seu melhor...Busque ficar com os bons momentos.

    A morte não é o fim. A saudade sempre vai estar presente, mas a dor e a tristeza precisam aos poucos serem transformadas em amor.

    “Seja luz na vida das pessoas” Larissa Nayara.

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  • 23/Mar/2021

    Alimentação para fortalecer a imunidade em tempos de COVID-19

    Por: Asbran, Ministério da Saúde, Nações Unimed Brasil

    Em tempos de pandemia com isolamento social, planejar refeições equilibradas, conservar alimentos e evitar desperdício são ações fundamentais para a saúde.

    Antes de mais nada, um alerta: não existe alimento, nutriente ou vitamina milagrosos que previnam ou curem a COVID-19. Mas é possível (e necessário) fortalecer o sistema imunológico para que o corpo consiga se defender da melhor forma caso seja infectado.

    Aí sim a alimentação se torna uma poderosa aliada. E, para conseguir isso em tempos de tempos de isolamento social, com menos idas a supermercados ou feiras, é preciso planejar.

    Alimentos que fortalecem a imunidade

    É recomendável manter o consumo de frutas e legumes variados em pelo menos cinco porções por dia. Eles contêm vitaminas e antioxidantes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

    Vitaminas A e C são as mais lembradas quando se fala em imunidade. A fama é justa, mas elas sozinhas não são capazes de garantir um sistema imunológico forte.

    Vitamina C: a orientação é ingerir diariamente 75 mg, no caso das mulheres, e 90 mg, no caso dos homens. São exemplos de alimentos fonte de vitamina C: laranja, limão, acerola, goiaba, caju, kiwi, morango, melancia, salsinha, pimentão vermelho e batata-doce.

    Vitamina A: a recomendação diária dessa vitamina é de 700 microgramas (µg) para mulheres e 900 µg para homens. Suas principais fontes são: bife de fígado, cenoura, batata-doce e frutas de coloração amarelo-alaranjada, como manga, mamão e caqui.

    Para que o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas que formam o sistema imunológico funcione bem, é preciso uma alimentação equilibrada com proteínas, carboidratos, gorduras e sais minerais.

    E água, muita água. A hidratação é fundamental para o funcionamento do corpo, sendo vital para as células do sistema imunológico. Por isso, não espere a sede chegar: mantenha sua garrafinha sempre por perto e beba água várias vezes ao dia. Sua saúde agradece.

    7 dicas para planejar a alimentação saudável

    Para garantir o equilíbrio de nutrientes, reforçar a imunidade e reduzir as idas ao supermercado ou à feira (para evitar aglomerações), é preciso planejamento! Reunimos aqui 7 dicas:

    1 - Crie o cardápio da semana e liste os ingredientes necessários. Confira o que tem na despensa e na geladeira e faça uma lista do que falta.
    Dica extra: se você tem crianças alfabetizadas em casa, pode convidá-las a se envolverem na missão de pesquisar receitas, calcular quantidades necessárias ou escrever a lista de compras para treinar sua ortografia. Tudo é oportunidade de aprendizado!

    2 - Escolha horários com menos movimento para ir às compras ou compre on-line.

    3 - Não exagere nas compras. Escolha o que é necessário e justo. Além de ser um ato consciente em relação às necessidades das outras pessoas, ajuda a evitar desperdícios.

    4 - Evite comprar alimentos ultraprocessados, como bolachas, refrigerantes e sopas solúveis. A maioria deles é rica em sódio, gordura trans e calorias vazias.

    5 - O ideal é organizar a rotina para preparar as próprias refeições em casa. Por exemplo, aproveitar o domingo para higienizar e armazenar legumes ou cozinhar feijão a mais para congelar em porções. Nesse caso, deve-se usar quantidades pequenas de sal, gordura e açúcar nos preparos caseiros.

    6 - Prefira as versões integrais de arroz, massas e pães. Eles são ricos em fibras, vitaminas, sais minerais e antioxidantes e têm menos gorduras saturadas. Dica extra: para evitar desperdícios, guarde o pão na geladeira ou mesmo no congelador e o aqueça na hora de comer.

    7 - Aproveite este momento em casa para descobrir formas de consumir mais frutas e legumes. Frutas frescas mais resistentes: maçã, laranja, limão, goiaba, melão, abacaxi. Legumes frescos e resistentes: aipo, brócolis, cebola, batata, batata-doce, inhame, cenoura, abóbora.

    Como conservar frutas e legumes

    Além de planejar, é preciso caprichar na conservação de frutas e legumes para que durem mais tempo. Uma técnica bastante eficaz é o branqueamento de hortaliças, que permite que alimentos sejam congelados por até três meses. Veja como fazer:

    1 - Lave e corte os legumes e as verduras na forma em que deverão ser consumidos
    2 - Mergulhe-os em uma panela de água fervente com fogo alto e feche a tampa
    3 - Com uma peneira ou escumadeira, retire-os da panela e mergulhe-os em água bem fria com gelo e deixe pelo mesmo tempo. Esse choque térmico interrompe o cozimento
    4 - Escorra a água e acondicione os alimentos em potes herméticos ou sacos de plástico próprios, preenchendo-os até a borda
    5 - O descongelamento pode ser feito direto no cozimento

    A técnica preserva o valor nutricional, a coloração e o sabor, pois reduz a carga microbiana e diminui a ação enzimática natural que acabaria estragando o alimento. Assim, aumenta seu tempo de vida útil, ajudando na conservação.

    Leia mais em: https://www.unimed.coop.br/viver-bem/alimentacao/alimentacao-para-fortalecer-a-imunidade-em-tempos-de-covid-19

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  • 18/Nov/2020

    Brasileiro consome muito sal, mas não tem consciência da quantidade excessiva

    Por: Luíza Tiné - Ministério da Saúde

    Você tem ideia a quantidade de sal que consome diariamente? Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS/IBGE), o consumo de sal do brasileiro excede em quase duas vezes o limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é cinco gramas por dia. A média nacional é de 9,3 gramas. Apesar disso, apenas 12% dos brasileiros adultos tem a consciência da alta ingestão de sal na alimentação diária.

    A falta de consciência é um perigo para a saúde! O consumo excessivo do sal está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras. Doenças silenciosas que podem matar de forma precoce.

    “O sal é o principal fator de risco dietético que existe no mundo, incluindo Brasil. Ele tem uma associação direta com doenças cardiovasculares mediadas por hipertensão. E para prevenir esses problemas é reduzir o consumo de sal, seja na adição de alimentos quando se prepare, mas também aqueles escondidos nos alimentos processados e ultrprocessados”, ponderou Eduardo Augusto Fernandes Nilson, Coordenador-Geral substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

    A hipertensão obriga o coração a exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. No Brasil, ela é diagnosticada em cerca de 33 milhões de brasileiros. Destes, 80% são atendidos na rede pública de saúde.

    “O sal é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e isso representa muito custo para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para sociedade, porque pessoas morrem prematuramente, as pessoas adoecem, deixam de trabalhar e produzir”, revelou Eduardo.

    Grande parte do sal consumido pelos brasileiros vem da adição do sal de cozinha aos alimentos, no preparo e no consumo. Além disso muitos alimentos industrializados possuem quantidades mais altas de sódio (componente do sal relacionado ao risco de hipertensão). Itens como temperos prontos, presuntos, mortadelas, salame, macarrão instantâneo salgadinhos de pacote colaboram para o aumento da ingestão do mineral.

    Segundo ele, quando há uma redução do sal a pessoa nem percebe, por isso, uma das soluções é diminuir aos poucos e em toda família. “Os problemas das doenças crônicas relacionadas ao consumo excessivo de sal vêm da infância, por isso é muito importante ter atenção a isso, porque é ingrediente importante, mas tem que ser usado com muita moderação”, relatou o coordenador.

    Reduzir a quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira é a meta do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos e melhorará a saúde de toda a população brasileira, de crianças a idosos, hipertensos e não hipertensos. Como parte deste plano, é importante reduzir a quantidade de sal que adicionamos aos alimentos e continuar com o compromisso entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), que tem como meta que as indústrias do setor promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal do mercado brasileiro até o final de 2020.

    “As metas são bianuais e cada vez mais diminui, o que seria o teto, o limite máximo para o sal, sódio em cada um dos produtos. A ideia é ter uma continuidade disso, por isso o ministério já começou a agendar novas reuniões com a Abia para reduzir ainda mais os valores, para ter maiores benefícios para população”, reforçou Eduardo.

    Coordenador-Geral substituto reforça que já foram retiradas quatorze mil toneladas de sódio dos produtos “é uma quantidade muito grande, e os benefícios de um plano começar a ser estudados agora pelo Ministério da Saúde”, comentou o coordenador.

    Substituir o sal por temperos frescos

    Os temperos frescos podem ser utilizados em diversas preparações culinárias agregando sabor e aroma a receitas. Uma das dicas do Guia Alimentar para a População Brasileira para reduzir a quantidade de óleo e sal no preparo do feijão, por exemplo, é evitar o uso de carnes salgadas no cozimento e optar por quantidades generosas de cebola, alho, louro, salsinha, cebolinha, pimenta, coentro e outros temperos naturais, bem como outros alimentos, como cenoura e vagem, que acrescentam sabor, aroma e mais nutrientes à preparação.

    Ervas frescas ou secas, assim como pimenta, gergelim e outros, agregam sabor às preparações e também ajudam na redução do uso do sal. Em saladas, o uso do limão reduz a necessidade de adição de sal e óleo. Outras combinações podem ser feitas, como o louro em sopas, alecrim em carnes, salsa na macarronada, manjericão no molho de tomate e tomilho na batata.

    O coordenador deu algumas dicas para que a pessoa fique atenta ao consumo. “Uma regra muito fácil de compreender saber se um alimento tem excesso de sal, é olhar na tabela nutricional a quantidade de sódio e a quantidade de calorias. Se a quantidade de sódio for maior do que a de calorias, excesso de sal”, alertou Eduardo.

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  • 15/Oct/2020

    Orientações para Cuidadores Domiciliares de Pessoa Idosa na Epidemia do Coronavírus − Covid-19

    Por: EPSJV/Fio cruz e Ministério da Saúde

    Devido a relevância do tema nos propusemos a trazer algumas orientações importantes aos cuidadores domiciliares de pessoa idosa. Estas informações são parte da cartilha “Orientações para Cuidadores Domiciliares de Pessoa Idosa na Epidemia do Coronavírus − Covid-19” desenvolvida pela EPSJV/Fio cruz e Ministério da Saúde. Esperamos que, com estas informações, possamos contribuir para uma melhor atuação dos cuidadores e melhor acolhimento aos idosos.

    Segundo os autores, as pessoas idosas que necessitam de cuidados constituem um dos principais grupos de risco diante da epidemia do novo coronavírus − Covid-19. As informações contidas nos parágrafos seguintes deste artigo pretendem corroborar com a disseminação das informações contidas na cartilha e que, segundo os autores, pretendem trazer orientações para as pessoas que são cuidadoras, visando à prevenção do contágio, promoção da saúde e proteção aos direitos sociais, tanto de quem é cuidado como de quem cuida. em vista o cuidado domiciliar, podendo ser utilizada tanto por cuidadoras contratadas como por familiares que exercem essa função.

    A epidemia de Covid-19 é recente e os conhecimentos para o combate à doença ainda estão sendo obtidos. A transmissão da doença ocorre majoritariamente das seguintes formas:

    • toque da mão em área contaminada e posteriormente o contato desta mão na boca, nariz ou olhos;
    • através de gotículas de saliva ou secreções nasais dispersas no ar que são expelidas após espirros, tosse ou durante as nebulizações.

    Importante: O vírus pode se manter ativo no ar por até três horas e em superfícies por até três dias.

    Existem pessoas que apresentam sintomas muito leves ou não perceptíveis, porém podem disseminar o vírus. Por isso, a restrição de visitas vem sendo indicada como uma das medidas de proteção aos idosos, pois é uma das formas de diminuir a possibilidade de contágio.

    Tenha em mente, entretanto, que as pessoas idosas não podem ser forçosamente mantidas em situações que contrariem a sua vontade ou violem a sua dignidade.

    Preparação para sair à rua e se deslocar ao local de trabalho:

    • Separe uma roupa para usar na rua, ou seja, para ir e voltar do seu local de trabalho, e outra para usar no seu local de trabalho
    • Conserve a roupa de trabalho limpa e separada das demais. Atenção, inclusive, aos sapatos.
    • Dê preferência para usar o cabelo preso e evite anéis, brincos, piercings, correntes e relógios.
    • Troque de roupa logo antes de ir à rua.

    No transporte e em locais públicos:

    • Evite transporte cheio.
    • Prefira aqueles nos quais você poderá ir sentado(a) e sem aglomerações.
    • Prefira pagar a passagem utilizando cartão. Caso não seja possível, separe o dinheiro exato, para não precisar pegar troco.
    • Lembre-se de manter o dinheiro sempre separado dos seus outros pertences. O vírus também se aloja em moedas e notas.
    • Procure manter distância de pelo menos um metro de outras pessoas e evite cumprimentar colegas ou conhecidos com abraços ou beijos.

    O Ministério da Saúde está recomendando o uso de máscaras, ainda que de fabricação caseira, em ambientes fechados como lojas, bancos e no transporte público. Máscaras caseiras devem ser reutilizadas somente após lavagem, secagem e passagem a ferro, devendo ser acondicionadas em recipiente fechado.

    O álcool 70%, líquido ou em gel, pode ser utilizado para higienização das mãos durante o seu deslocamento. Se possível, tenha com você um pequeno recipiente, para poder se higienizar com frequência.

    Ao chegar na moradia da pessoa idosa:

    • Antes de ter contato com a pessoa idosa, faça a sua higiene e vista a roupa de trabalho. Se puder, tome um banho. Ou então, lave cuidadosamente as áreas expostas, sobretudo mãos, antebraços, pescoço e rosto.
    • Dê preferência à toalha de papel para a secagem das mãos, ou utilize uma toalha limpa, levada por você ou fornecida pela família, somente para o seu uso.
    • Não se esqueça de higienizar também os óculos, celular e objetos de uso pessoal que poderão ser manuseados durante o seu turno de trabalho.
    • Se possível, limpe os sapatos em pano embebido em solução de água com água sanitária ou álcool 70%. Ou então, leve um calçado para usar somente no ambiente de trabalho.
    • Guarde, em uma bolsa plástica própria, a roupa da rua e deixe seus pertences em um local específico da casa, preferencialmente separado da área de convivência da pessoa idosa.

    Ao cuidar da pessoa idosa:

    • Tente manter o ambiente fresco e ventilado.
    • Quando não estiver realizando tarefas que exijam contato físico, mantenha-se a pelo menos 1 metro de distância da pessoa idosa.
    • Se precisar alimentá-la, evite posicionar-se na sua frente.
    • Higienize as mãos antes de preparar alimentos e não compartilhe toalhas, talheres, louças e copos com a pessoa idosa.

    Lavagem das mãos: água e sabão costumam ser suficientes para eliminação do vírus. Ao lavar as mãos, lembre-se de fazer bastante espuma e deixar o sabão por pelo menos 20 segundos em contato com a pele. Além das palmas das mãos, não se esqueça de esfregar entre os dedos, os dorsos de ambas as mãos, em volta dos polegares, debaixo das unhas e nos punhos.

    Ao retornar para a sua casa:

    Ao chegar na sua residência, observe os mesmos cuidados utilizados no local de trabalho:

    • higienize os sapatos ou deixe os do lado de fora;
    • coloque sua bolsa em um local separado;
    • tome banho;
    • higienize óculos, celulares, chaves e demais objetos manuseados;
    • Lave a roupa de rua em separado das demais, assim como a roupa de trabalho.

    O material completo você encontra acessando o link abaixo:

    https://www.covid19.cuidadores.fiocruz.br/index.php?pag=

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  • 20/Aug/2020

    Por quê o medo do novo assusta?

    Por: Juliana Sonsin

    Liz não estava feliz com o rumo que a sua vida estava tomando: o casamento claramente falido e os obstáculos emocionais estavam ganhando espaços cada vez maiores. A personagem do livro “Comer, Rezar e Amar”, de Elizabeth Gilbert, vivida por Julia Roberts nos cinemas, sabia o que era preciso fazer: “A única coisa mais inconcebível do que ir embora, era ficar”. Ela, então, reuniu toda a sua coragem, pediu o divórcio e se aventurou mundo afora com suas viagens, e mundo adentro com as questões emocionais e psicológicas que uma grande mudança de vida traz.

    Tomar a decisão de mudar, como Liz fez, não é fácil. O medo do novo toma conta e nos sentimos tentados a permanecer onde é mais seguro e conhecido. A chamada “zona de conforto” é a principal inimiga das mudanças, pois é nela que o indivíduo realiza hábitos e comportamentos que está acostumado a fazer, e isso faz com que nunca confronte novas emoções e pensamentos, deixando-o preso às raízes da mesmice. Trancar as portas da zona de conforto é não se aventurar e estar longe de qualquer possibilidade de novos desafios.

    Mas porquê temos medo?

    No início da vida humana na Terra, o homem era mais cauteloso quando lidava com animais que poderiam oferecer maior risco à vida. Esse comportamento prevalece até hoje e é fundamental para a sobrevivência da espécie pois o medo de morrer é que nos mantém vivos.

    O medo é uma emoção desagradável, porém necessária. Ele nos alerta para a presença de perigo. A definição de medo tem origem no latim “metus” e significa inquietação e receio, sendo eles respostas bioquímicas ou emocionais perante a algo.

    A resposta bioquímica do nosso corpo frente ao perigo envolve sudorese, aumento da frequência cardíaca e níveis elevados de adrenalina. É um sinal que o organismo dá para que consigamos fugir ou lutar contra esse perigo. A resposta emocional ao medo depende de indivíduo para indivíduo. Alguns, se sentem bem com a adrenalina produzida diante de situações perigosas. Outros, entretanto, evitam esses episódios a qualquer custo.

    Portanto, o medo do desconhecido é perfeitamente normal, o que não é normal é desenvolver um medo tão forte que paralisa. Esse medo paralisante, ou também conhecido como fobia, pode aparecer sob muitas facetas, desde agorafobia até a sociofobia.

    O medo de falhar

    Um dos motivos de ser resistente às mudanças é o medo do fracasso. As mudanças assustam, pois dentro da zona de conforto sabemos o que dá certo e o que não dá. Por isso, o medo das coisas não saírem conforme o planejado segue como o segundo maior vilão na hora de mudar de vida. Quando pensamos em “cometer erros” ou “falhar”, consideramos apenas a consequência final, mas nunca pensamos em aprender com essas experiências, afinal, toda a experiência é válida e importante na construção dos nossos valores e personalidade.

    É só depois de tentar que o conhecemos verdadeiramente qual o melhor caminho para nós. Afinal, a experiência do outro diz respeito apenas a ele. O que teria sido de Thomas Edison — e da humanidade — se o famoso inventor tivesse desistido na primeira tentativa de criar a lâmpada? Talvez o mundo permanecesse na escuridão por muito mais tempo ou outra pessoa teria tido a brilhante ideia, mas foi Edison quem deu o primeiro passo, mesmo após fracassados experimentos.

    “Quero mudar de vida”

    A psicóloga Dr. Ann Latham, em seu artigo para a conceituada Revista Forbes, listou alguns benefícios e conselhos para sair da zona de conforto.

    1. Não será tão ruim quanto imagina;

    2. O ego pode ser curado;

    3. Ninguém está prestando tanta atenção em você;

    4. Os outros também estão com medo;

    5. Pessoas com tanto talento e medo quanto você e tanto estão realizando, com sucesso, o que vocês tem evitado;

    6. Não há melhor maneira para crescer;

    7. Você pode descobrir algo que ama;

    8. Novos desafios e experiências recompensam o seu cérebro e o torna mais adaptável, forte e saudável;

    9. Você vai recarregar os níveis da sua autoconfiança;

    10. Você vai sentir orgulho de que tentou;

    11. Cada objetivo atingido torna mais fácil estabelecer e realizar os próximos;

    12. Você será mais apto para promoções e poderá ganhar mais dinheiro;

    13. Você aprenderá que falhar é raro pois os resultados mais

    14. Ao passo que a sua zona de conforto expande, novas oportunidades, antes escondidas pelas barreiras que você mesmo criou, aparecerão;

    15. Você vai se tornar mais resiliente e preparado para qualquer coisa que aparecer no seu caminho;

    16. Abrir portas que você nem ao menos sabia que estavam lá pode mudar a sua vida.

    A personagem Liz ousou sair de sua zona de conforto. Em sua viagem para a Itália, Índia e Indonésia, ela não só teve novas experiências, como redescobriu a si mesma e expandiu os seus horizontes. A Dr. Latham afirma: “Novas experiências podem mudar tudo o que você um dia acreditou, o que você gosta de fazer, como se comporta e como vive. As possibilidades são infinitas”.

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  • 04/Jun/2020

    Aprovado transporte exclusivo para cuidadores durante pandemia

    Por: Agência Senado - Senado Federal

    O Senado aprovou nesta terça-feira (26), em votação simbólica, a oferta de transporte segregado para os deslocamentos de cuidadores de pessoa idosa, com deficiência ou com doenças raras, enquanto durarem os efeitos da pandemia da covid-19. O texto aprovado segue agora para análise da Câmara dos Deputados, na forma de um substitutivo do senador Flávio Arns (Rede-PR) ao projeto original (PL 2.178/2020) da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

    Pelo texto, o meio de transporte exclusivo para os cuidadores deve ser ofertado mesmo que não exista um pedido formal e, de preferência, em veículos que façam o trajeto porta-a-porta.  

    De acordo com Mara Gabrilli, o objetivo da proposta é impedir que os acompanhantes se tornem vetores de contágio. Foi justamente o que ocorreu com a senadora, que é tetraplégica e se contaminou no contato com uma das suas cuidadoras.

    "Precisamos evitar ao máximo que essas pessoas utilizem o transporte público para trabalhar, uma vez que sabemos que os ônibus e metrôs são locais com grande potencial de transmitir o vírus, devido à dificuldade de manter distância de outros passageiros e de evitar tocar nas barras de apoio", destacou a senadora ao justificar sua propsota.

    A proposta, modificada com o acolhimento de oito emendas, foi matéria de consenso entre os senadores.

    — Mara Gabrilli, com sua sensibilidade, conseguiu sentir essa dificuldade que é muito grande na área social, daqueles que trabalham com atendimento pessoal — ressaltou o senador Otto Alencar (PSD-BA).

    Autora de duas emendas, Soraya Thronicke (PSL-MS) classificou o projeto como de “primeiro mundo”.

    — Quando é que você imaginou que passaria um projeto como esse para pegar as pessoas de casa em casa, de porta em porta? Eu tenho até um pouco de receio dos chefes do Executivos dizerem que não é possível. Mas, a gente sabe que é possível, sim, materializar o que nós estamos colocando na legislação. Basta um esforço e boa vontade  — disse.   

    Transporte

    O substitutivo de Flávio Arns estabelece que o meio de transporte segregado deverá ser garantido pelo Distrito Federal e pelos municípios com mais de vinte mil habitantes. O serviço poderá ser prestado diretamente ou por meio de instrumento de cooperação firmado com outras unidades da Federação.

    — Garantiremos que os acompanhantes, os que desempenham as funções de atendente pessoal, possam realizar seus deslocamentos diários para as residências das pessoas com deficiência de maneira segregada e segura, sempre que possível, enquanto estivermos sob a ameaça da pandemia. Julgamos, porém, que se faz necessário o aperfeiçoamento do texto, uma vez que o projeto [original] não evidencia a quem caberá a responsabilidade pela oferta do meio de transporte segregado afirmou o senador.

    Veículos

    O texto também determina o reaproveitamento dos veículos ociosos destinados ao transporte escolar de alunos da rede pública de ensino ou a organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que prestem serviços a pessoas idosas, com deficiência e com doenças raras.

    O texto de Arns ainda autoriza os municípios, os estados, o Distrito Federal e a União a emitirem vouchers conversíveis em dinheiro para prestadores de transporte particular (como táxis, por exemplo) devidamente credenciados perante os órgãos competentes, a fim de garantir o transporte segregado a cuidadores. Somente poderão receber e utilizar esses vouchers os atendentes pessoais que forem devidamente reconhecidos pelo poder público.

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  • 22/May/2020

    A importância da saúde mental dos familiares e cuidadores de idosos: Impactos familiares e subjetivos

    Por: Cleber Vernillo de Toledo - Psicólogo Clínico - CRP: 08/30258

    Todos nós temos em alguma medida conhecimento sobre as fases da vida e esperamos passar por todas elas, pois seria o curso natural, nascer, se desenvolver, envelhecer e morrer. Contudo, vivemos em uma sociedade imediatista, que vive pelo agora, pois esperar já não é mais uma opção, tudo é melhor se acontecer hoje. Vivemos em uma sociedade moldada pelo individualismo, na qual o outro fica em segundo plano e o estilo de vida se molda para as satisfações pessoais. Mas, temos um desafio, nossos pais, irmãos e familiares outros envelhecem. Diante disso, quais seriam os impactos na saúde mental do indivíduo que se propõe a cuidar de um idoso e por muitas vezes se coloca em segundo plano?

    A forma como a sociedade contemporânea se moldou trouxe para nós um estilo de vida cheio de compromissos e anseios. Falta tempo para a família e aquelas conversas na poltrona junto a vovó, junto a vovô, junto aos pais já não parecem mais interessantes. Mas, são eles que carregam experiências e ensinamentos que ajudam a moldar nossa ética e condutas, afinal, somos até certo ponto produto das relações que estabelecemos com estes desde a nossa infância. Então aquele chá da tarde com a vovó pode ser muito prazeroso e proveitoso. Para definir a sociedade contemporânea e os novos modos de viver e se relacionar Zygmunt Bauman (2003) introduziu o conceito de “modernidade líquida”, para ele as relações são líquidas, passageiras, sem profundidade, ou seja, como se os vínculos fossem rasos, essa forma de relacionar-se substituiu as relações sólidas e rígidas de antes.

    Entretanto, voltemos à pergunta inicial, os impactos do envelhecimento dos entes queridos também são sentidos pelos membros da família, às vezes um membro da família assume uma maior responsabilidade sobre os cuidados necessários com o idoso como: alimentação, banho, higiene pessoal, agendamento de consultas médicas, acompanhamento em internamento, entre outros zelos. É neste ponto que a atenção que o idoso requer, em razão do estado físico limitado, que o cuidador familiar ou cuidadores familiares podem vir a adoecer. É preciso encontrar um equilíbrio entre as tarefas de cuidado com o idoso e a vida pessoal.

    Em muitos casos, um membro da família adoece psicologicamente, tem sua saúde mental prejudicada, pois deixa de viver momentos de lazer, ele pode vir a sentir-se na obrigação de estar sempre presente para cuidar do idoso. Não raro, aparecem os discursos como “ela cuidou de mim, agora é mínimo que posso fazer por ela (mãe)”, esse pensamento de “tenho que”, remonta a uma “obrigação”, ou uma forma de “retribuição” pelos anos de dedicação que o indivíduo recebeu da pessoa que hoje necessita de cuidado. Pode-se instalar uma anulação do seu próprio ser em razão cuidado do outro. Temos então, uma ambivalência de necessidades, o desejo de cuidar e não falhar com a pessoa que ama e o cuidado pessoal para que a vida não pare em função do outro e consiga viver de forma plena seus próprios desejos e momentos de lazer sem se sentir culpado por esse motivo.

    Para Bauman (2003) houve uma mudança no que diz respeito ao conceito de família, antes, até a modernidade, a família era percebida como um pilar, como uma instituição fundamental para sociedade, contudo na modernidade líquida a família perde o valor de pilar dando lugar para os interesses mais individuais e não coletivos, neste sentido se dedicar ao próximo limitaria as ambições individuais, a liberdade de ação e muitas vezes até a percepção de que cuidar de alguém é sacrificar uma vida bem sucedida. O que pode explicar o desinteresse de muitos membros da família no cuidado com os pais idosos, avós etc. Mas isso não exclui o fato de que haja no seio familiar indivíduos que necessitem de cuidados em razão da idade mais avançada. É comum que alguém assuma essa responsabilidade de cuidador.

    O cuidador(a) pode ser um filho(a), um irmão(a), pode acontecer que a vida deste que se dedica ao idoso fique estacionada em função de um cuidado exclusivo. Alguns sintomas psicológicos e sociais podem surgir como: baixa autoestima, estresse, sintomas ansiosos, fadiga, cansaço mental, falta de energia e interesse por atividades de lazer, nervosismo, crises nervosas, entre outros. É preciso que a família encontre uma forma de cuidar desse idoso de maneira que não sobrecarregue apenas um. Acionar familiares próximos para auxiliar nesse cuidado não deveria ser visto como fraqueza, pelo contrário, é necessário reconhecer os próprios limites e as necessidades individuais de descanso. O compartilhamento do idoso entre os membros da família ou pela contratação de profissionais terceirizados, pode ser uma oportunidade para prevenção de sintomas psicológicos e consequentemente uma manutenção da saúde mental das pessoas envolvidas com o cuidado do idoso, ambos podem se beneficiar, tanto o idoso que deixa de se perceber como um problema para família, quanto o cuidador que renova suas energias físicas e psicológicas para continuar suas tarefas diária.

    Se faz importante observar que o idoso pode sentir que atrapalha a família e que incomoda os mais novos, ele também pode adoecer, se sentir deprimido, sentir desvalor e até mesmo desenvolver sintomas depressivos mais graves. Os familiares que demonstram amor, cuidado, preocupação, e que visitam frequentemente os pais idosos e outros familiares de idade avançada, contribuem para uma saúde mental destes. Quando a vida se mostra corrida e são muitos os compromissos como, por exemplo, cuidar dos filhos, esposa, marido, estudos, reuniões, viagens, é preciso cuidar para que o idoso não fique sozinho, não se sinta rejeitado, neste momento a ajuda de cuidadores especializados e de outros membros da família, pode sim, ser um auxílio muito importante, e contribuir na amenização de um possível sentimento de solidão que o familiar possa sentir. Erikson (1985) pontuou que no final da vida algum desespero é inevitável, e que alguns lamentos surgem como o lamento pelo que não viveu, pela vulnerabilidade e pela própria transitoriedade que a vida nos impõe.

    Muitas famílias recorrem aos cuidadores especializados e empresas que fazem a intermediação para contratação desses profissionais. Os cuidadores especializados exercem dentro da família um papel primordial, contribuindo para que o idoso mantenha uma atividade diária que beneficia a manutenção da sua saúde física e mental, auxiliam na higiene pessoal, são atentos aos horários de alimentação e medicalização. Outro benefício na contratação desse profissional se dá pelo fato do idoso continuar sendo assistido no ambiente familiar onde a vida da família acontece e próximo aos seus, o que diminuí a possibilidade de sentir-se sozinho e abandonado. Quando um membro mais velho da família adoece, a organização da família sofre uma alteração e uma reestruturação é necessária, contudo, nem todas as famílias usufruem dessa possibilidade de mudança devido às obrigações e responsabilidades diárias, a contratação de um cuidador também pode ser um suporte para que a maioria dos membros da família não percebam como negativa a reestruturação. A presença do cuidador profissional, em partes, confere aos familiares mais tempo para passar com o idoso, mais momentos de lazer e trocas de afetos, contribuindo para que o vínculo não seja rompido.

    Vemos um mundo transformado, onde cada vez mais as pessoas estão se fechando, estão focadas em si, e excluindo o outro das relações, o outro passa ser uma ameaça à liberdade, é preciso (re)fazer os laços perdidos, retomar os valores familiares e retribuir os anos de dedicação que um dia recebemos de alguém, pois hora ou outra, estaremos do lado de lá. Este (re)conectar familiar pode contribuir positivamente para relações entre os pares envoltos a função do cuidado para com o idoso, diminuindo as possibilidades do adoecimento psíquico de ambas as partes.

    E por fim sobre a transitoriedade da vida, deixo as palavras de Cecília Meireles…

    “Eu não tinha este rosto de hoje,
    assim calmo, assim triste, assim magro,
    nem estes olhos tão vazios,
    nem o lábio amargo.

    Eu não tinha estas mãos sem força,
    tão paradas e frias e mortas;
    eu não tinha este coração
    que nem se mostra.

    Eu não dei por esta mudança,
    tão simples, tão certa, tão fácil:
    - Em que espelho ficou perdida
    a minha face?”

    Nota complementar: Vivemos em tempos de isolamento social em razão da pandemia provocada pelo Covid-19, e por isso, todo cuidado para com idosos que estão no grupo de risco se faz necessário, neste caso, o contato físico precisa ser evitado, mas temos a tecnologia que pode nos manter próximos mesmos distantes fisicamente. Cuide-se e cuide de quem você ama.

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  • 14/May/2020

    Isolamento Social: Criar uma rotina pode preservar a saúde mental e física

    Por: Lorena Caleffi - Médica psiquiátrica / Leonardo Miguel Correa Garcia - Fisioterapeuta

    Para evitar que se eleve a curva de crescimento do número de casos do novo coronavírus, a recomendação é de isolamento ou distanciamento social para todos aqueles que puderem ficar em casa. Além disso, limitar as saídas apenas para ir ao mercado ou a farmácia, quando muito necessário, são as medidas indicadas para este momento de pandemia mundial.

    Entretanto, para algumas pessoas, limitar os acessos e ficar apenas em casa pode causar desconforto e provocar sentimentos conflitantes. Para ajudar, não apenas nestes casos como também na organização de uma rotina para os dias de quarentena, a psiquiatra Lorena Caleffi, médica do Serviço de Psiquiatria do Hospital Moinhos de Vento e o fisioterapeuta Leonardo Miguel Correa Garcia do Serviço de Fisioterapia também do Hospital dão dicas de como manter a saúde mental e física de crianças, adultos e idosos.

    Impactos do isolamento social:

    Por mais que se tenha conhecimento sobre a importância deste momento de isolamento, a ansiedade pode aumentar, principalmente naquelas pessoas que já possuem algum grau de funcionamento ansioso. “É preciso dar-se conta que são os pensamentos catastrofizantes direcionados ao futuro que são os responsáveis pelo aumento de ansiedade”, explica Caleffi.

    Outro impacto importante, menos comum, mas que pode ser muito grave, é o aparecimento de sintomas depressivos. “Comportamento de maior isolamento do que o esperado, diminuição de prazer e interesse nas atividades diárias possíveis, insônia e alteração de apetite são sintomas que nos alertam para uma complicação nesse sentido”, complementa a especialista.

    Conscientizar-se de que esta situação é temporária, respeitar seu próprio ritmo e capacidade de absorver as informações são cuidados que podem ajudar no entendimento e clareza das ideias. As notícias estão por todos os lados e isso pode causar diversos sentimentos, desta forma, se for o caso, desligue a TV e se desconecte do celular por algumas horas. As informações continuarão à sua disposição para quando você puder acompanhá-las melhor.

    Dicas para manter a saúde mental e física:

    Ler, interagir com outras pessoas e praticar exercícios físicos são algumas dicas importantes para os dias de confinamento. A primeira exercita diversos circuitos cerebrais fundamentais para a manutenção das funções cognitivas. Já a segunda, ajuda a manter o contato afetivo com outras pessoas. E, sem dúvida, a prática de atividades físicas é fundamental para a saúde.

    “Exercícios contribuem para um bem-estar geral, ocasionando diversos benefícios ao nosso corpo, melhora da condição cardiovascular e, também, em situações que são muito pertinentes ao momento: a diminuição de estresse e ansiedade e melhora da imunidade. A boa alimentação também é importante”, destaca Leonardo.

    Caso não tenha a orientação de um profissional, a pessoa pode optar por realizar exercícios simples como pular corda, realizar apoios, abdominais, agachamentos, polichinelos e utilizar garrafas de água ou embalagens de 1kg de alimento como pesos. É indicado variar o tipo de treino a cada dia, evitando a monotonia. Este tipo de atividade pode ser realizada tanto por adultos quanto por idosos que não possuam nenhuma doença cardiovascular, respiratória ou nas articulações.

    “Saliento a importância de as atividades serem e possuírem a intensidade e carga adequada para o praticante tolerar todo o exercício e evitar possíveis lesões e dores indesejadas”, diz o fisioterapeuta.

    Para as crianças, a recomendação é estimular as atividades lúdicas. Além das brincadeiras, também existem os jogos de videogame com sensores de movimento, o que possibilita unir o desafio e o exercício.

    Estabeleça uma rotina:

    Para organizar todas essas dicas, o primeiro passo é criar uma rotina. Sem as atividades diárias normais, a organização da semana fica prejudicada. Por isso, para começar, é preciso ter um planejamento: estabeleça o que vai fazer, organize seu dia de forma consciente e tenha um propósito.

    As crianças são as que mais necessitam de organização. Com as escolas suspensas, sem poder encontrar os amigos para brincar ou respeitar a programação das aulas, a sensação de desestabilização pode causar muita angústia. Os adultos são os responsáveis por prover esta estruturação, acolhendo as incertezas e inseguranças dos pequenos. “O caminho é conversar, perguntar, acolher, entender, e reassegurar”, adverte Lorena.

    Os idosos estão sob cuidado total da sociedade, por serem a faixa etária de maior risco. É necessário ajudá-los no que for preciso, para evitar que eles se exponham desnecessariamente. Somado a isso, tirar um tempo para conversar com eles é uma maneira de ajudar com a inquietude do isolamento. “Uma peculiaridade desta faixa etária é estar, pelas leis da natureza, mais próxima do final da vida. A proximidade da morte, a ameaça à nossa sobrevivência, provocam uma noção de finitude que não estamos acostumados a ter em nossa cultura. Porém, essa consciência também pode trazer uma nova maneira de ver a vida. Pode modificar nossas escalas de valores ao percebermos o que realmente importa e que vida queremos deixar de herança, por qual biografia queremos ser lembrados”, finaliza Caleffi.

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  • 16/Mar/2020

    5 cuidados indispensáveis que você deve ter para se proteger do coronavírus

    Por: Dra. Lícia Borges Pontes (CRM – 9781 CE)

    Os casos de contaminação pelo novo coronavírus não param de crescer, alertando para uma epidemia na China e para a necessidade de uma mobilização mundial para cessar a contaminação. Veja agora como se prevenir!

    Nos últimos dias, o novo coronavírus foi destaque em toda a imprensa mundial. A epidemia, que começou na China, já deixou mais de 74 mil pessoas infectadas no país, além de causar mais de 2 mil mortes até 19 de fevereiro de 2020.

    A preocupação se espalha à medida que casos da doença são confirmados nos quatro continentes. A melhor atitude, então, é se informar sobre as formas mais eficazes de prevenção. Nesse conteúdo, você vai conferir quais são os 5 cuidados indispensáveis que você precisa ter para se proteger do vírus. Continue lendo!

    O que é o coronavírus?

    O coronavírus é uma família de vírus que se manifestou pela primeira vez em 1937. Em 31 de dezembro de 2019, foi identificado um novo tipo de coronavírus, que teve origem no mercado de frutos do mar e de animais vivos da cidade de Wuhan, na China.

    Por causar graves infecções respiratórias, o vírus ficou conhecido pela sigla SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, em tradução livre).
    Curiosidade: o vírus ganhou esse nome devido à sua forma que se assemelha a uma coroa.

    Os tipos de coronavírus

    O coronavírus foi se modificando ao longo do tempo, por isso, os profissionais de saúde viram a necessidade de nomear cada um dos tipos do vírus de maneira diferente.
    No caso do último vírus descoberto, seu nome inicial era novo coronavírus ou SARS-CoV-2, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 30 de Janeiro de 2020, anunciou a mudança da nomenclatura do vírus para COVID-19.

    O nome foi alterado para se adaptar às diretrizes da OMS, que aconselham os estudiosos a não darem nomes que referenciem animais, objetos, indivíduos ou grupo de pessoas para os vírus descobertos.

    Conheça abaixo os tipos conhecidos:

    Beta coronavírus OC43 e HKU1;
    Alpha coronavírus 229E e NL63;
    MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS);
    SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS);
    COVID-19 (o tipo mais recente descoberto).

    Quais são os sintomas do coronavírus?

    Febre;
    Espirros;
    Tosse;
    Coriza;
    Falta de ar.

    O coronavírus pode causar infecções respiratórias desde um simples resfriado até uma pneumonia severa. Isto vai depender de vários fatores como idade e imunidade.

    Os vários tipos do coronavírus causam doenças respiratórias e a forma mais eficaz de identificar a infecção pelo vírus é procurar um médico assim que os sintomas se manifestarem.

    Apesar de serem sintomas semelhantes aos de um resfriado, por exemplo, o médico pode identificar a possibilidade de contaminação pelo vírus sabendo do histórico de viagem do paciente ou se ele teve contato com alguém que tenha viajado para a China, Japão, Coreia do Sul e do Norte, Cingapura, Vietnã, Tailândia e Camboja.

    Caso alguma dessas perguntas tenha resposta positiva, o médico encaminhará os exames para uma investigação epidemiológica.

    Como ocorre a transmissão do coronavírus?

    Inicialmente, se pensava que a transmissão da doença acontecia de animais para pessoas, mas com os últimos acontecimentos na China, sabemos que a transmissão também pode ocorrer de pessoa para pessoa.

    O coronavírus é de fácil transmissão e pode se disseminar das seguintes formas:

    Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos;
    Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
    Tosse;
    Espirro;
    Contato com secreções respiratórias.

    Qualquer pessoa que se aproxime um metro de uma pessoa infectada corre o risco de ser contaminada com a infecção.

    5 formas de se prevenir do coronavírus

    A médica infectologista da Unimed Fortaleza Dra. Lícia Borges Pontes, separou 5 cuidados que você e sua família devem ter para se prevenir do coronavírus.

    A sigla, em inglês, W-U-H-A-N indica ações que você deve ter no dia a dia para se manter protegido. Confira a tradução abaixo e comece a praticá-las para manter o vírus longe da sua casa:

    Wash hands = Lave as mãos;
    Use mask properly = Use máscaras de proteção adequadamente;
    Have temperature checked regularly = Verifique sua temperatura regularmente;
    Avoid large crowds = Evite grandes multidões;
    Never touch your face with unclean hands = Nunca toque seu rosto com as mãos sujas.

    Pessoas gripadas ou resfriadas

    No caso de pessoas com sintomas característicos de gripes ou resfriados, a prevenção também deve ser feita, porém, com algumas particularidades quanto ao que deve ser feito
    Listamos abaixo algumas dicas para que você e sua família saibam como proceder se já estiverem doentes:

    1- Use máscaras de proteção em lugares públicos ou quando for conversar com alguém;
    2- Ao tossir ou espirrar, use lenços de papel e, em seguida, jogue-os no lixo ou cubra a boca e o nariz utilizando o braço;
    3- Evite cumprimentos com abraços, apertos de mão e beijos;
    4- Evite visitas a entes queridos caso esteja gripado.

    O coronavírus tem cura?

    Mesmo sem haver tratamentos específicos para o vírus, a grande maioria das pessoas contaminadas evolui para a cura. Mas, apesar dessa informação, não se pode diminuir a gravidade das complicações que esse vírus pode trazer, já que os sintomas são muito agressivos para o corpo.

    O tratamento para as doenças causadas pelo vírus, por enquanto, ainda é o de suporte, ou seja, o foco é o tratamento dos sintomas da infecção, como a febre e a tosse.

    Fique atento!

    Agora que você já sabe como se prevenir do coronavírus, aplique as ações de prevenção na sua rotina e da sua família.

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  • 19/Feb/2020

    15 maneiras brilhantes de aproveitar melhor o seu tempo

    Por: Larissa Queiroz

    Hoje em dia, é cada vez mais comum encontrarmos pessoas que mal têm tempo de respirar. São tarefas e mais tarefas, nos deixando simplesmente perdidos em meio a tanta coisa. Tudo o que vem é aquela sensação de que fomos derrotados pelos afazeres, e na falta de organização, só conseguimos procrastinar coisas importantes… até o prazo apertar, aí é aquele desespero!

    Só que há uma grande diferença entre pessoas ocupadas e pessoas produtivas, e um fator decisivo é como elas organizam seu tempo.

    Vamos às dicas para que você consiga ter energia suficiente para completar todas as suas tarefas diárias.

    1. Decida o que é importante, pois em 5 anos, 80% das coisas que você faz hoje não vão se transformar em nada que te dê rendimento. É apenas trabalho banal. Foque nas coisas que podem render bons frutos para o futuro.

    2. Sono, comida e exercício podem aumentar o seu rendimento. Por mais atarefado que você se encontre, não esqueça dessas três coisas.

    3. Use a regra dos 2 minutos. Se você pode fazer algo em dois minutos (responder um e-mail, marcar uma reunião, ou arrumar sua cama), faça agora mesmo e não deixe para depois. Se deixar para mais tarde, essa tarefa vai te ocupar ainda mais tempo.

    4. Use a regra dos 5 minutos. Essa é a melhor cura para a procrastinação. Não coloque como meta terminar aquela tarefa cabeluda que tanto te assombra, mas apenas trabalhar nela diariamente por 5 minutos. Na maioria das vezes, o trabalho fluirá por mais de 5 minutos, e quando menos esperar, tudo estará finalizado.

    5. O método Seinfeld de produtividade vai te ajudar a ser realmente bom em algo. Se você quer ser o melhor em determinada coisa, pratique-a todos os dias, seja final de semana, feriado ou férias, apenas não pare.

    6. Lembre-se de que sua memória é péssima, e tire tudo da sua cabeça, mesmo que você seja um gênio. Escreva notas, use aplicativos, use uma agenda, ou até mesmo fale com a Siri.

    7. Use o mínimo de ferramentas possível. Concentre todos os seus lembretes e apontamentos num único meio, seja ele um aplicativo de celular ou a boa e velha agenda.

    8. Use direito o seu tempo de trabalho. Ao começar a fazer algo, foque-se totalmente por 30 minutos – nada de celular, Facebook, Whatsapp, ou correr em caso de incêndio. Nada pode tirar sua atenção.

    9. Use sempre fones de ouvido, mesmo que você não esteja escutando música alguma. Isso vai te isolar e fazer com que as pessoas não venham te atrapalhar. E isso não é ser rude. É apenas preservar o seu tempo. Nas horas de lazer, você vai encontrar e conversar muito com todos.

    10. Não esteja sempre disponível para e-mails e ligações. Concentre-se em seus afazeres e estipule horário certo para ler os e-mails, retornando as ligações quando desocupar.

    11. Seu poder de decisão é limitado! Então, não o gaste com coisas banais, ou nas horas realmente sérias, ele já estará, de certa forma, gasto. Por exemplo, não fique decidindo se vai escrever com caneta azul ou preta, guarde sua mente para decidir se deve ou não assinar aquele documento que vende 60% da sua empresa para o seu cunhado.

    12. Pergunte-se qual é a coisa mais importante que você tem para fazer, depois aplique o passo 4.

    13. Pressão pode fazer maravilhas. Estipule um esquema de recompensas ou de compromissos sociais para você mesmo. Por exemplo, saia para comer sua comida favorita se conseguir terminar tal coisa até quarta-feira, ou só vá pra noitada se conseguir estudar toda a matéria da prova.

    14. Programe o tempo de vagabundagem. É importante se distrair com um jogo, uma série ou qualquer outra coisa que você goste, mas faça apenas no tempo permitido.

    15. Dizer “não” é importante para o seu sucesso. Quando estiver focado em suas tarefas, ignore pessoas, negue favores, negue saídas. Se for alguém que realmente vale a pena, entenderá que você está muito ocupado, e que isso não quer dizer que você não ligue.

    Comece a colocar as dicas em prática aos poucos, afinal, trata-se de uma mudança de rotina e de pensamento, mas em pouco tempo você verá sua produtividade aumentando. Seu tempo ficará totalmente organizado, com tempo suficiente para o lazer e para as obrigações. É só uma questão de técnica!

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  • 14/Jan/2020

    7 dicas para fazer deste novo ano o melhor de sempre

    Por: Estado Zen

    “O futuro pertence a quem acredita na beleza dos seus sonhos.” - Eleanor Roosevelt

    É muito comum iniciar um novo ano com energias renovadas, a motivação em alta e uma lista de resoluções que queremos cumprir, de forma a mudar a nossa vida para melhor. Também é comum passado um mês ou dois do ano novo essas resoluções estarem esquecidas e fechadas numa gaveta porque eram demais, não tínhamos tempo, dinheiro, vontade, companhia… Este ano novo, esqueça literalmente a habitual lista de resoluções e concentre-se apenas em fazer deste, o seu melhor ano de sempre.

    1 - Um objetivo. Uma das principais razões pelas quais as nossas resoluções nunca deixam de ser isso mesmo é porque traçamos demasiados objetivos, a maioria dos quais extremamente vagos. Em vez de elaborar uma lista extensa, dedique-se apenas a um objetivo. Porquê? Porque a verdade é que somos mais poderosos e capazes de concretizar o que quer que seja se estivermos focalizados apenas numa coisa de cada vez. Se tiver 10 objetivos perderá demasiado tempo a olhar para todos eles e a decidir em que direção deve partir, o que deve fazer primeiro… se tiver um único objetivo à sua frente, poderá canalizar toda a sua atenção e energia para esse objetivo. E esse é um dos grandes segredos do sucesso, seja em que área for. Neste novo ano, concentre toda a sua atenção nesse objetivo e não só o vai conseguir concretizar, como vai sentir-se maravilhosamente bem por o ter conseguido.

    2 - Crie um hábito novo. Os objetivos atingem-se por via dos hábitos, por isso, neste novo ano pense naquele hábito que, praticado diariamente, o vai ajudar a conquistar aquele objetivo único que estipulou para este ano. São os passos pequenos, mas contínuos, que permitem a concretização de objetivos mais vastos e importantes. Decidido qual o novo hábito que vai adotar – tendo sempre em conta a conquista do objetivo geral para o novo ano – dedique-se durante um mês à consolidação desse hábito diário, registando o seu progresso e procurando uma rede de suporte e apoio.

    3 - Hora de agir. Fazer uma lista de resoluções e traçar objetivos é relativamente fácil – o mais difícil é concretizá-los, porque até os melhores planos se tornam obsoletos se não agir, ou seja, se não arregaçar as mãos e começar a trabalhar. A ação é tudo e de forma a poder concretizar aquele objetivo que delineou para o novo ano, tem de começar a agir hoje, agora. Depois, amanhã concretize outra ação. Aliás, deve realizar uma ação palpável, que o leve cada vez mais perto da concretização do seu objetivo, todos os dias. Trate disso diariamente, logo pela manhã – pode ser algo tão simples como fazer 2 telefonemas ou levantar-se 30 minutos mais cedo. Acima de tudo, deve considerar essa ação a mais importante do dia, todos os dias. Se o fizer, será praticamente impossível falhar a concretização do seu objetivo.

    4 - Simplifique. Menos é mais e a simplicidade na vida é tudo. Se dedicar algum tempo a simplificar a sua vida de alguma forma terá, certamente, um dos melhores anos de sempre. Quando temos os nossos dias demasiado cheios, a correr de um lado para outro, o mais certo é sentirmo-nos desgastados e sem rumo – tornamo-nos menos eficazes, menos felizes. Tornar a vida mais simples mantém-nos sãos e devolve-nos o poder, a eficácia e a motivação. Pare para refletir sobre as 4 ou 5 coisas mais importantes na sua vida e depois simplifique os seus compromissos, os seus planos, objetivos e listas de afazeres para que estes se alinhem com essas 4 ou 5 prioridades.

    5 - Concentre-se na felicidade. Pode parecer um verdadeiro cliché, mas se resolver concentrar-se na felicidade, será efetivamente mais feliz. Não podia ser mais simples. O que é que lhe faz feliz? Então deve ser isso o foco da sua vida. Este ano, faça da felicidade a sua grande prioridade. Depois, faça tudo o que estiver ao seu alcance para tornar essa felicidade uma realidade.

    6 - Agende tempo de qualidade para si e para quem mais ama. Se estas duas coisas não constam na sua lista de 4 ou 5 prioridades, então será uma boa ideia rever essa lista – pelo menos uma das coisas prioritárias deve ser fazer algo que goste e outra deve estar relacionada com passar tempo de qualidade com as pessoas de quem mais gosta. Porquê? Porque passar tempo de qualidade consigo, a fazer algo que adora fazer, vai ainda proporcionar-lhe tempo para refletir o que, por sua vez, vai ajudá-lo a eliminar o stress da sua vida e ser mais feliz. Não tem tempo? Arranje tempo! Passar tempo de qualidade com quem mais ama é fundamental na busca pela felicidade – faça disto uma prioridade absoluta!

    7- Aprenda a concentrar-se. A concentração é crucial para que possa atingir qualquer objetivo, quer seja aquele grande objetivo que traçou para o novo ano, quer sejam aquelas pequenas metas e lutas diárias que preenchem os nossos dias. É demasiado fácil perdemo-nos numa maré de papéis, telefonemas, emails ou outras distrações como a Internet. Se se permitir a si próprio a perda de concentração, será muito mais difícil realizar os seus objetivos. Para que este possa ser o seu melhor ano de sempre, aprenda a focalizar-se. Este pode muito bem ser um dos seus novos hábitos. Comece por identificar o seu principal objetivo para o ano novo, depois as suas 4-5 prioridades. Depois, concentre-se em pleno nessas coisas, todos os dias. Todas as manhãs ou na véspera, faça uma pequena lista das “3 coisas mais importantes que tenho de fazer hoje” e faça-as, com concentração absoluta e com a força de vontade necessária para eliminar todas e quaisquer distrações. Coloque o telefone em silêncio, organize a secretária, desligue a Internet… faça o que tiver de fazer para que se possa concentrar a 100% naquilo que tem para fazer. Terminada a primeira tarefa, faça uma pausa e recompense-se. Depois, parta para a tarefa seguinte. Para quem trabalha assim, nada é impossível.

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  • 03/Dec/2019

    16 mitos e verdades sobre as Vacinas

    Por: André Biernath - Revista Saúde

    É grande a quantidade de fatos desencontrados sobre o tema. Descubra o que é mito e o que é verdade sobre as vacinas para não cair em fake news na Internet.

    Elas estão no olho do furacão: com surtos de febre amarela, sarampo, gripe e outras moléstias mundo afora, nunca se debateu tanto o papel das vacinas na prevenção e no controle de diversas infecções. Se entre os especialistas não há dúvidas de que essa estratégia foi responsável direta por melhorias na saúde e no aumento da expectativa de vida, alguns boatos teimam em acusá-la das mais terríveis complicações – sem apontar nenhuma evidência séria disso.

    “Temos observado de perto esse fenômeno das notícias falsas na nossa área e o impacto que isso tem sobre as decisões das pessoas”, reflete a pediatra Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

    Um levantamento encomendado pela SAÚDE à Área de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Grupo Abril e à empresa de pesquisa digital MindMiners mostrou que cerca de 40% dos 1 500 indivíduos entrevistados por um formulário online não sabem que pessoas com doenças crônicas como asma e diabetes fazem parte de grupos de risco e precisam ficar ligados na vacinação.

    Além disso, 46% não têm ciência de que é possível prevenir alguns tipos de câncer causados por micro-organismos com uma picadinha.

    Chegou a hora de mergulhar nos dados e esclarecer de vez essas questões. Afinal, a informação correta é a melhor vacina que existe para combater os boatos e as fake news. Confira abaixo 16 mitos e verdades sobre as vacinas:

    Vacinas são úteis, mas, às vezes, causam mais doenças do que previnem
    MITO. Todos esses produtos passam por testes rigorosíssimos antes de chegarem até nós.

    Pessoas que vivem em harmonia com a natureza e têm pensamento positivo não precisam tomar vacinas
    MITO. O contato com a natureza é ótimo. Mas lembre-se de que os micro-organismos causadores de doenças vivem por lá também.

    Vacinas comumente causam efeitos colaterais perigosos
    MITO. Algumas até provocam eventos adversos com certa frequência, mas são leves ou moderados. As reações mais graves são raríssimas e, às veze, estão ligadas a contraindicações. Fale com o médico sobre o assunto.

    Algumas vacinas ajudam a prevenir câncer
    VERDADE. Aquelas que bloqueiam as hepatites e o HPV evitam tumores no fígado e no colo do útero, respectivamente.

    Quem é saudável não precisa se vacinar
    MITO. O imunizante serve justamente para que as pessoas continuem saudáveis e livres de infecções da pesada.

    Existem vacinas que precisam ser tomadas antes de viagens
    VERDADE. Você pode se informar sobre o assunto no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

    Existem vacinas que precisam ser renovadas de tempos em tempos
    VERDADE. É o caso, por exemplo, da que protege contra tétano e difteria, que exige um reforço a cada dez anos.

    Hoje confio menos nas vacinas do que confiava no passado
    MITO. Não há motivo para isso. Essa área de pesquisa avançou nos últimos tempos e a qualidade das formulações só melhorou.

    Pessoas com doenças crônicas (diabetes, hipertensão…) não podem se vacinar
    MITO. Pelo contrário! Esses cidadãos fazem parte do grupo de risco e carecem ter mais atenção ainda com as doses.

    Não há evidência de que as vacinas sejam seguras e eficazes
    MITO. Para serem aprovadas, elas são estudadas em milhares de voluntários e são exigidos resultados satisfatórios.

    É perigoso tomar várias vacinas de uma vez
    MITO. Com raras exceções, não há risco nenhum em adotar essa estratégia. O sistema imune não fica sobrecarregado.

    Vacinas são um instrumento de controle da indústria farmacêutica
    MITO. Pura balela. Os grandes programas de imunização foram responsáveis diretos pelos ganhos globais de saúde.

    Todas as vacinas estão na rede pública
    MITO. Algumas só estão disponíveis em serviços privados, como a do herpes-zóster e a da dengue.

    Tomar uma dose de uma vacina que prevê mais doses já garante proteção
    MITO. É essencial seguir direitinho o esquema das aplicações para ficar livre da ameaça de vírus ou bactérias.

    Vacina pode causar autismo em crianças
    MITO. Inúmeros estudos de altíssima qualidade já comprovaram que essa história é uma mentira deslavada.

    Se existem outras formas de prevenir uma doença, prefiro segui-las em vez de me imunizar
    MITO. Um estilo de vida saudável e hábitos básicos de higiene são vitais. Mas não substituem a vacinação.

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  • 06/Nov/2019

    Câncer de próstata: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção

    Por: Ministério da Saúde

    O que é câncer de próstata?

    Câncer de próstata é o tumor que afeta a prostata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.

    As estimativas apontam 68.220 novos casos em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. Na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames.

    A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico especialista.

    As células são as menores partes do corpo humano. Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um
    crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou malignos (câncer).

    O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte. Esse efeito é conhecido como metástase.

    O que é a próstata?

    A próstata é uma glândula presente apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.

    Quais os fatores de risco?

    Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:

    Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.

    Histórico de câncer na família: homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.

    Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.

    Como prevenir o câncer de próstata?

    Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

    Entre os fatores que mais ajudam a prevenir o câncer de próstata estão:

    Ter uma alimentação saudável.

    Manter opeso corporal adequado.

    Praticar atividade física.

    Não fumar.

    Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

    Sinais e sintomas do câncer de próstata

    Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:

    - dificuldade de urinar;
    - demora em começar e terminar de urinar;
    - sangue na urina;
    - diminuição do jato de urina;
    - necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

    Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. Por exemplo:

    - Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade.
    - Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.

    IMPORTANTÍSSIMO: Na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames para investigar o câncer de próstata.

    Quais exames são feitos para investigar o câncer de próstata?

    Para investigar os sinais e sintomas de um câncer de próstata e descobrir se a doença está presente ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais.

    - Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
    - Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

    Qual exame confirma/diagnostica o câncer de próstata?

    Para confirmar o câncer de próstata é preciso fazer uma biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.

    Homens sem sinais ou sintomas precisam fazer exames para o câncer de próstata?

    Alguns especialistas são contra de se fazer exames de rotina em homens sem sintomas, pois pode trazer tanto benefícios quanto riscos à saúde. Outros, no entanto, são a favor.

    Benefícios: realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no inicio da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada.

    Riscos: ter um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames, como a biópsia. Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual e incontinência urinária. Os riscos desses exames estão relacionados às consequências dos seus resultados e não à sua realização.

    DESTAQUE: O Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS), não recomenda que se realize o rastreamento do câncer de próstata, ou seja, não é indicado que homens sem sinais ou sintomas façam exames. Procure conhecer os riscos e os benefícios que envolvem a realização desses exames de rotina e converse com um profissional de saúde da sua confiança para decidir se deseja ou não realizá-los.

    Qual o tratamento para o câncer de próstata?

    O câncer de próstata é feito por meio de uma ou de várias modalidades/técnicas de tratamento, que podem ser combinadas ou não. A principal delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com radioterapia e tratamento hormonal, conforme cada caso.

    Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos.

    A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

    ATENÇÃO: As informações presentes nesta página têm por objetivo apoiar e informar dados úteis sobre o câncer de próstata, mas não substituem, em hipótese alguma, a consulta médica. Em casos de suspeita, procure um médico especialista de sua confiança para avaliação.

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  • 22/Oct/2019

    Empreendedorismo Digital na Saúde. Encontro aproxima setor da saúde e bem-estar das Healthtechs

    Por: Agência Sebrae de Notícias / CuidarPlus

    Rodada de negócios ocorre em 22 de outubro para facilitar o acesso a ferramentas inovadoras

    Uma plataforma para otimizar agendamentos em consultórios e clínicas. Basta o paciente procurar um profissional de sua confiança para ter acesso aos horários livres, escolher um deles e aguardar a confirmação. Essa é uma das funcionalidades oferecidas pela Meagenda, startup confirmada na Rodada de Negócios da Saúde, que será realizada pelo Sebrae/PR na sede regional da entidade, em Maringá, em 22 de outubro, a partir das 17 horas.

    Esta, e outras soluções que serão apresentadas nesta rodada, são exemplos de Healthtechs. Mas afinal, o que são Healthtechs? São empresas que surgem, muitas vezes no âmbito digital, em resposta às deficiências na área da saúde e com propostas inovadoras para agregar valor, agilizar a entrega de serviços ofertados aos usuários do setor da saúde, dentre outros.

    O propósito da rodada é aproximar o setor da saúde e bem-estar de novas ferramentas tecnológicas que podem ajudar na gestão dos negócios e na prestação de serviços. O evento é gratuito e está com as inscrições abertas para empresários e gestores.

    Segundo o CEO da Meagenda, Miguel Fuentes Salas Junior, a plataforma foi criada para facilitar agendamentos para clínicas e consultórios, entregando praticidade também para pacientes, que podem aplicar diversos filtros na hora da busca. Piloto de avião, ele pensou na solução depois de esperar mais de três horas e uma clínica que atrasou sua consulta. A startup também conta com os desenvolvedores Adriano Ferrari Cardoso e Lucas Bernardes.

    A primeira expectativa é tornar a solução conhecida. “Nosso maior concorrente ainda é a agenda de papel. Nós automatizamos o processo, oferecendo informações, facilitando encaixes, diminuindo faltas e possibilitando buscas rápidas para necessidades mais urgentes”, comenta o CEO.

    Outra solução a ser apresentada na rodada de negócios foi desenvolvida pela empresa CuidarPlus que consiste em uma plataforma digital que faz a intermediação entre o usuário que busca por serviços de cuidadoria e o profissional da área da saúde que oferece este serviço. A plataforma foi criada para diminuir o tempo de contratação de um cuidador, aumentar o período de tempo em que uma pessoa poderá consultar os dados ou contratar os cuidadores (24 horas) e disponibilizar uma ferramenta que aumente o índice de confiança entre o contratante e o contratado.

    Ao todo, estarão presentes 9 empresas de Maringá e região fornecedoras de 10 soluções inovadoras. Os visitantes poderão conhecer, entender o funcionamento, tirar dúvidas sobre os diversos serviços tecnológicos oferecidos e fechar negócios.

    De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Letícia Albuquerque, o evento foi organizado com base no cruzamento de interesses. “O setor de saúde tem sofrido impacto da necessidade de inovação, mas muitos profissionais e gestores não sabem como identificar problemas e buscar soluções. A intenção é ajudar a resolver esse problema”, diz a consultora. “Além disso, visamos fortalecer o segmento de empresas inovadoras ou de base tecnológica em Maringá”, completa.

    Profissionais ligados à Sociedade Médica de Maringá participarão do evento. Como representante da entidade, o médico Luiz Eduardo Bersani Amado destaca que o interesse está voltado às possibilidades de melhoria no dia a dia do atendimento. “Vários médicos confirmaram presença, demonstrando a importância da questão da inovação. Queremos que a partir desse contato mais próximo, possamos identificar e gerar demandas para sanar dificuldades”, acrescenta o médico.

    A rodada é parte das atividades do programa Tech by Sebrae, cujo objetivo é promover a evolução de micro e pequenas empresas nas áreas de gestão, estratégias digitais e expansão de mercado.

    A programação contará com rodadas direcionadas e livres, em duas oportunidades, com início às 17 e às 19 horas. Interessados em participar devem se inscrever pelo link: http://twixar.me/n561.

    Soluções participantes:

    WiFire
    Meagenda
    iosense
    FreeNFe/FreeNFSe
    Flugo
    CuidarPlus
    Persontec
    Eureka
    Medicinebox
    Doctor Sa Bot

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  • 01/Oct/2019

    Câncer de Mama: Autocuidado, Detecção Precoce e Redução de Risco

    Por: FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

    Autocuidado:

    O autocuidado em relação ao câncer de mama é um conjunto de práticas que podem ser adotadas pelas mulheres para preservar a saúde da mama. Essas práticas têm impacto tanto na redução do risco para o surgimento de um câncer de mama quanto para a detecção precoce no caso da doença aparecer.

    Detecção Precoce:

    O autoexame é uma das práticas mais conhecidas de autocuidado. Ele é importante para que você conheça bem o seu corpo e possa perceber com facilidade qualquer alteração suspeita nas mamas. Se você notar algo diferente, procure um médico imediatamente, pois só ele poderá determinar se os sintomas correspondem ou não à doença. Se for um caso positivo, quanto mais cedo o câncer for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de cura.

    Esteja atenta aos seguintes sintomas:

    Aparecimento de nódulo (caroço) no seio ou na axila. Os nódulos podem apresentar dor ou não, ser duros e irregulares ou macios e redondos.
    Dor ou inversão do mamilo (volta-se para dentro da mama).
    Presença de secreção pelo mamilo, sanguinolenta ou não.
    Inchaço irregular em parte da mama, que pode ficar quente e vermelha.
    Irritação ou retração na pele ou aparecimento de rugosidade semelhante à casca de laranja.
    Vermelhidão ou descamação do mamilo ou da pele da mama.
    Nos casos mais adiantados, pode aparecer uma ulceração na pele com odor desagradável.
    Mas atenção: o autoexame não substitui o exame regular realizado pelo médico e nem a mamografia. Nesse sentido, a mamografia é mais eficaz por detectar nódulos ainda muito pequenos, não perceptíveis pelo toque. O câncer da mama inicial geralmente é assintomático, ou seja, você não percebe nenhum sintoma ou sinal e ele só pode ser detectado através de exames (mamografia, ultrassom ou ressonância magnética).

    Manter os exames em dia é outra forma importante de autocuidado. A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é muito importante para que a doença seja diagnosticada precocemente. Mulheres com histórico de câncer na família devem iniciar a realização do exame 10 anos antes da idade que a parente tinha ao detectar o tumor. Antes dessa idade, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite. Um exemplo é a ultrassom, normalmente aplicado em mulheres mais jovens por terem as mamas mais densas.

    Redução de Risco:

    Para reduzir o risco de desenvolver um câncer de mama, é importante manter hábitos saudáveis: fazer exercícios regularmente, ter uma dieta equilibrada, evitar bebidas alcoólicas e cigarro e fugir dos quilos a mais, em especial depois da menopausa. A maternidade protege contra esse tumor se a mulher tiver filhos antes dos 35 anos de idade e amamentá-los.

    A obesidade pode estimular as células da mama e gerar um tumor. A gordura periférica do corpo pode ser transformada em hormônio feminino, e a estimulação pelo hormônio produzido pelo próprio corpo pode aumentar as chances de estimular esse crescimento celular irregular.

    A prática de exercícios físicos diminui o risco principalmente quando a mulher perde peso, ou se mantém no seu peso ideal. Mas mesmo atividades físicas de lazer, de leve intensidade, apresentam resultado rápido. Mulheres que praticam pelo menos 30 minutos por dia de caminhada têm 10% menos de chance de desenvolver câncer de mama, revelou um estudo publicado no jornal da Associação Americana de Pesquisa do Câncer. Os cientistas monitoraram mulheres que já haviam passado pela menopausa.

    Lembre-se: eliminar os fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama é uma forma muito importante de praticar o autocuidado. No entanto, mesmo mantendo hábitos saudáveis, as mulheres ainda estão sujeitas a desenvolverem a doença. O câncer de mama é resultado de uma mutação genética, que pode ser herdada (menos comum) ou espontânea (o que ocorre na maioria dos casos). Uma mutação espontânea pode ocorrer em uma célula do corpo ao longo da vida e ocasionar a doença, no entanto não se sabe com precisão se essas mutações ocorrem devido ao estilo de vida, alterações químicas no corpo da mulher ou à exposição a toxinas no ambiente, por exemplo. É por isso que, em se tratando de câncer de mama, é preferível falar em diagnóstico precoce que em prevenção. A realização regular de exames deve estar entre as boas práticas para preservar a vida de milhares de mulheres.

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  • 16/Sep/2019

    A importância do Cuidador nos primeiros socorros em caso de incêndio

    Por: Tua Saúde / Extra Notícias / CuidarPlus

    Recentemente vimos nos noticiários um incêndio que ocorreu em um hospital no Rio de Janeiro e um ato heroico da cuidadora de idosos Marlene Alves, de 42 anos, que acompanhava um paciente internado no terceiro andar do hospital, quando o incêndio atingiu o prédio, na noite de quinta-feira (12/11/19). Assim que percebeu o cheiro de queimado, após as luzes se apagarem, ela procurou ajuda. Em segundos, com o corredor tomado pela fumaça negra, se viu sozinha com o idoso acamado de quem cuidava. Não teve dúvidas: pegou uma escada e quebrou o vidro da janela, sinalizando aos bombeiros que havia vítimas ali. Após ajudar três idosos a serem retirados pelos bombeiros com uma escada magirus, ela foi resgatada e até a publicação deste artigo estava internada, intoxicada pela fumaça.

    Além de Marlene, outras cuidadoras também prestaram os primeiros socorros aos seus pacientes, mas em casos como este, como agir?

    Os primeiros socorros para vítimas de incêndio são:

    Manter a calma e chamar o corpo de bombeiros e uma ambulância ligando para o número 192 ou 193;
    Molhe um pano limpo e amarre no rosto, como se fosse uma máscara, para evitar que você respire fumaça;
    Se houver muita fumaça, fique agachado próximo ao chão onde o calor é menor e há mais oxigênio, como mostra a imagem 1;
    Retire a vítima com segurança do local de incêndio e deite-a no chão;
    Se o corpo da vítima estiver em chamas, role-a no chão até que elas se apaguem;
    Verifique se a vítima está respirando e se o coração está batendo;
    Dê espaço para a vítima respirar;
    Não ofereça líquidos.
    É essencial oferecer a máscara de oxigênio a 100% a todas as vítimas que tenham inalado fumaça durante um incêndio para diminuir as chances de intoxicação por monóxido de oxigênio, desmaio e consequente morte. Veja o que fazer quando alguém inala muita fumaça.

    Respiração boca a boca

    Se a vítima não conseguir respirar sozinha faça uma respiração boca a boca:

    Deite o indivíduo de barriga para cima
    Afrouxe as roupas do indivíduo
    Estique o pescoço dele para trás, deixando o queixo para cima
    Abra a boca do indivíduo e tente ver se há algum objeto ou líquido em sua garganta e tire-o de lá com os dedos ou com uma pinça
    Tampe o nariz do indivíduo com seus dedos
    Encoste a sua boca na boca dele e jogue o ar que sai da sua boca para dentro da boca dele
    Repita isso por 20 vezes por minuto
    Esteja sempre atento ao peito do indivíduo para ver se há alguma movimentação
    Quando o indivíduo voltar a respirar sozinho, retire sua boca da boca dele e deixe-o respirar livremente, mas tenha atenção a sua respiração, pois ele pode parar de respirar novamente, então será necessário recomeçar desde o princípio.

    Massagem cardíaca em adultos

    Se o coração da vítima não estiver batendo, faça uma massagem cardíaca:

    Deite a vítima no chão de barriga para cima;
    Posicione a cabeça da vítima um pouco para trás, deixando o queixo mais para cima;
    Apoie suas mãos abertas uma sobre a outra, com os dedos para cima, você vai usar somente a palma da mão;
    Coloque suas mãos, sobre o lado esquerdo do peito da vítima (no coração) e deixe os seus próprios braços esticados;
    Empurre as suas mãos com força e rapidamente sobre o coração contando 2 empurrões por segundo (compressão cardíaca);
    Faça a compressão cardíaca 30 vezes seguidas e a seguir jogue o ar de sua boca na boca da vítima;
    Repita esse procedimento sem interrupção verificando se a vítima voltou a respirar.
    É muito importante não interromper as compressões, por isso, se a primeira pessoa que atendeu a vítima se cansar de fazer a massagem cardíaca, é importante que outra continue fazendo as compressões em esquema de revezamento, sempre respeitando o mesmo ritmo.

    Massagem cardíaca em bebês e crianças

    No caso de massagem cardíaca em crianças, siga o mesmo procedimento, mas não utilize as mãos e sim os dedos.

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  • 19/Aug/2019

    Autismo: Cuidados para evitar acidentes

    Por: Dr. Clay Brites - Site Entendendo Autismo

    O assunto hoje é sobre os cuidados que devemos tomar para evitar acidentes com autistas. É importante salientar que os familiares devem estar atentos que a criança ou adolescente autista não tem noção de determinadas situações e que podem colocar a integridade deles em risco. Não podemos descartar a possibilidade que o adulto também precise de um acompanhamento mais próximo. Por isso, é imprescindível que a intervenção como tratamento seja feita de forma precoce.

    Há casos, no entanto, de pacientes com autismo mais leve que não implicam tantos riscos. A atenção deve ser redobrada quando a pessoa apresentar um autismo mais severo. Quais são as questões principais que cerceiam as nossas preocupações quando conduzimos pessoas com autismo? Se você também tem essa dúvida, veja o que pode ser feito para lidar com cuidados no TEA (Transtorno do Espectro Autista).

    Perigos ambientais

    Crianças, adolescentes e adultos não percebem muito o perigo de entrar em um lugar que ofereça riscos a ela. Lugares escuros e com penumbras podem causar confusão na pessoa com TEA, já que ela não consegue se orientar em situações como essas. O autista tem certa dificuldade de percepção direita/ esquerda – perto/longe, etc.

    Direção – Espaço

    Dificuldade com direção e espaço também fazem parte da vida da pessoa com TEA. O autista pode achar que aquele espaço em que está é pequeno e, de repente, ele pode se perder naquele ambiente. Outro detalhe é que o local pode se tornar estranho a ele, onde, infelizmente, muitas crianças se perdem.

    Há casos de crianças que saem correndo pelos lugares por conta dessa falta de percepção de espaço que elas têm. Por isso é importante ressaltar aos pais e responsáveis que os cuidados devem redobrados.

    Percepção social

    A criança pode ter dificuldade em reconhecer se a pessoa que está por perto é alguém da família ou um estranho. Por conta disso, essas crianças estão mais propensas a serem vítimas de rapto, abuso sexual e outras ações a que estão expostas quando não há ninguém conhecido por perto.

    Como o autista não tem a facilidade de descobrir a intencionalidade de quem se aproxima, ele pode sofrer essas violências. A criança autista tem muita dificuldade de percepção social de coisas boas ou coisas ruins.

    A tendência é que essa percepção melhore com o passar dos anos, mas somente com o treinamento. Isso ocorre por meio de um treino de habilidade social, em que ela vai compreender situações, formas de relacionamento, perigos. Uma forma de ensiná-la é conversar com a criança e o adolescente sobre a importância de estar sempre por perto.

    Há autistas que gostam de ficar perto de pessoas que lhe são familiares, seja pela voz ou pela aparência. Uma dica é treinar a criança e deixá-la sempre perto. O uso de objetos preferidos do pequeno também é uma ótima alternativa.

    É importante lembrar que o autista precisa se socializar, então o responsável por ele deve deixá-lo livre, desde que seja em um local que tenha como controlá-lo e não o perder de vista.

    Utilidade das coisas

    Exemplo disso são os objetos que a criança autista coloca na boca: brinquedos que têm pontas, lugares que podem oferecer riscos de queimadura, fraturas e até cortes. É importante estar sempre atento com os pequenos autistas.

    Curiosidade: por que autistas não sentem dor?

    Alguns autistas têm hipersensibilidades para algumas coisas e baixa sensibilidade para outras. Por outro lado, existem autistas que não sentem tanta dor por terem baixa sensibilidade a esse estímulo. Isso acontece porque o cérebro do autista não processa a dor de forma adequada. A percepção da dor pelo autista é de forma reduzida. Somente em dores muito fortes é que o autista sentirá.

    Nunca se esqueça:

    Todo cuidado é sempre muito válido e o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar pode ajudar o autista de forma bastante satisfatória.

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  • 05/Aug/2019

    Afinal, quem precisa dos cuidados de um cuidador?

    Por: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

    Existe uma pergunta recorrente sobre quem de fato precisa de um cuidador. Neste artigo explicaremos de forma objetiva quais funções são exercidas pelo cuidador e a quem se destina os seus serviços.

    De maneira resumida o cuidador é um prestador de serviços que se destina aos cuidados da saúde das pessoas de qualquer idade, acamadas ou com limitações físicas que necessitam de cuidados especiais.

    Mas o que é cuidado?

    Cuidado significa atenção, precaução, cautela, dedicação, carinho, encargo e responsabilidade. Cuidar é servir, é oferecer ao outro, em forma de serviço, o resultado de seus talentos, preparo e escolhas; é praticar o cuidado.

    Cuidar é também perceber a outra pessoa como ela é, e como se mostra, seus gestos e falas, sua dor e limitação. Percebendo isso, o cuidador tem condições de prestar o cuidado de forma individualizada, a partir de suas ideias, conhecimentos e criatividade, levando em consideração as particularidades e necessidades da pessoa a ser cuidada.
    Esse cuidado deve ir além dos cuidados com o corpo físico, pois além do sofrimento físico decorrente de uma doença ou limitação, há que se levar em conta as questões emocionais, a história de vida, os sentimentos e emoções da pessoa a ser cuidada.

    Quem é o cuidador?

    O cuidador é um ser humano de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, que define o cuidador como alguém que “cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida”. É a pessoa, da família ou da comunidade, que presta cuidados à outra pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração.

    Nesta perspectiva mais ampla do cuidado, o papel do cuidador ultrapassa o simples acompanhamento das atividades diárias dos indivíduos, sejam eles saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou fragilidade, seja nos domicílios e/ou em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou cuidado diário.

    A função do cuidador é acompanhar e auxiliar a pessoa a se cuidar, fazendo pela pessoa somente as atividades que ela não consiga fazer sozinha. Ressaltando sempre que não fazem parte da rotina do cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem.

    Cabe ressaltar que nem sempre se pode escolher ser cuidador, principalmente quando a pessoa cuidada é um familiar ou amigo. É fundamental termos a compreensão de se tratar de tarefa nobre, porém complexa, permeada por sentimentos diversos e contraditórios.

    A seguir, algumas tarefas que fazem parte da rotina do cuidador:

    • Atuar como elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipe de saúde.
    • Escutar, estar atento e ser solidário com a pessoa cuidada.
    • Ajudar nos cuidados de higiene.
    • Estimular e ajudar na alimentação.
    • Ajudar na locomoção e atividades físicas, tais como: andar, tomar sol e exercícios físicos.
    • Estimular atividades de lazer e ocupacionais.
    • Realizar mudanças de posição na cama e na cadeira, e massagens de conforto.
    • Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe de saúde.
    • Comunicar à equipe de saúde sobre mudanças no estado de saúde da pessoa cuidada.
    • Outras situações que se fizerem necessárias para a melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde dessa pessoa.

    Quer saber mais sobre esta atividade tão nobre? Acesse o site da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde - http://bvsms.saude.gov.br/.

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  • 30/Jul/2019

    Acolhimento hospitalar. Vamos falar sobre isso?

    Por: Biblioteca Virtual em Saúde - Ministério da Saúde

    O que é acolhimento?

    Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde.

    Acolhimento com classificação de risco

    A classificação de risco é um dispositivo da PNH, uma ferramenta de organização da "fila de espera" no serviço de saúde, para que aqueles usuários que precisam mais sejam atendidos com prioridade, e não por ordem de chegada.

    E quem precisa mais?

    Os usuários que têm sinais de maior gravidade, aqueles que têm maior risco de agravamento do seu quadro clínico, maior sofrimento, maior vulnerabilidade e que estão mais frágeis.

    E como saber quem precisa mais?

    A classificação de risco é feita por enfermeiros, de acordo com critérios pré-estabelecidos em conjunto com os médicos e os demais profissionais. A classificação de risco não tem como objetivo definir quem vai ser atendido ou não, mas define somente a ordem do atendimento . Todos são atendidos, mas há atenção ao grau de sofrimento físico e psíquico dos usuários e agilidade no atendimento a partir dessa análise.

    Como faço para que o acolhimento aconteça no serviço de saúde?

    É preciso que a equipe de saúde se reúna para discutir como está sendo feito o atendimento no serviço: qual o "caminho" do usuário desde que chega ao serviço de saúde, por onde entra, quem o recebe, como o recebe, quem o orienta, quem o atende, para onde ele vai depois do atendimento, enfim, todas as etapas que percorre e como é atendido em cada uma dessas etapas.
    Essa discussão com toda a equipe vai mostrar o que pode ser mudado para que o usuário seja melhor acolhido. Assim, a partir dessa reunião pode haver mudanças na entrada, na sala de espera, por exemplo, para que haja um profissional de saúde que acolha o usuário antes da recepção, forneça as primeiras orientações e o encaminhe para o local adequado.

    A recepção também pode mudar, utilizando-se a classificação de risco e também um pós-consulta, ou seja, uma orientação ao usuário depois da consulta, a partir do encaminhamento que tiver sido feito na consulta.

    É importante ainda ampliar a qualificação técnica dos profissionais e das equipes de saúde para proporcionar essa escuta qualificada dos usuários, com interação humanizada, cidadã e solidária da equipe, usuários, família e comunidade.

    As possibilidades de acolhimento são muitas e o importante é que as melhorias sejam feitas com a participação de toda a equipe que trabalha no serviço.

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  • 22/Jul/2019

    Alzheimer: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

    Por: Ministério da Saúde

    O que é Alzheimer?

    A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.

    Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

    No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.

    IMPORTANTE: A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

    Quais são os sintomas do Alzheimer?

    O primeiro sintoma, e o mais caracterísitco, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

    Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:

    falta de memória para acontecimentos recentes;

    repetição da mesma pergunta várias vezes;

    dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;

    incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;

    dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;

    dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;

    irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

    A melhor forma de prevenir o Alzheimer é mantendo a estimulação cerebral constante.

    Quais são os estágios do Alzheimer?

    A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

    Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

    Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.

    Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.

    Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

    IMPORTANTE: Nos casos mais graves do Alzheimer, a perda da capacidade das tarefas cotidianas também aparece, resultando em completa dependência da pessoa. A doença pode vir ainda acompanhada de depressão, ansiedade e apatia.

    Como é feito o tratamento da Doença de Alzheimer?
    A doença de Alzheimer é incurável. Dessa forma, o objetivo do tratamento é retardar a evolução dos sintomas e preservar pelo maior tempo possível as funções intelectuais da pessoa. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces da doença.

    Uma vez iniciado, o tratamento precisa ser reavaliado pelo médico ao completar um mês, mas deve ser mantido obrigatoriamente por um período mínimo de 3 a 6 meses, para que se possa ter ideia da eficácia do tratamento. Enquanto a resposta for favorável, o medicamento, indicado conforme cada caso, não deve ser suspenso, sendo fundamental a tomada diária nas doses e observar os intervalos prescritos. A administração irregular compromete o resultado final.

    Numa doença que progressiva nem sempre é fácil avaliar resultados. Esse é o caso do Alzheimer. Por essa razão, é fundamental que os familiares utilizem um diário para anotar a evolução dos sintomas. Como fazer essas análises? Por meio de perguntas simples, com as devidas anotações:

    A memória está melhor?

    Os afazeres diários são cumpridos com mais facilidade?

    O quadro está estável?

    O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da medicação?

    Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento.

    Os serviços e tratamentos para a Doença de Alzheimer são ofertados nos Centros Especializados em Reabilitação, que são pontos de atenção ambulatorial especializados em reabilitação que realizam diagnósticos e o tratamento completo para a pessoa com Alzheimer.

    Quais são os medicamentos usados no tratamento?

    Os pacientes com Alzheimer têm à disposição a oferta de medicamentos capazes de minimizar os distúrbios da doença, que devem ser prescritos pela equipe médica. O objetivo do tratamento medicamentoso é, também, propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

    Por isso, no âmbito do Ministério da Saúde, está disponível nas unidades de saúde de todo o país, o medicamento Rivastigmina adesivo transdérmico para o tratamento de demência para Doença de Alzheimer. Este tratamento está previsto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) desta condição clínica, que além do adesivo, preconiza o uso de medicamentos como:

    Donepezila.

    Galantamina.

    Rivastigmina.

    Memantina.

    A rivastigmina já era oferecida por via oral, porém tinha o inconveniente de causar alguns desconfortos gastrointestinais no paciente, como náusea, vômito e diarreia. Para tentar diminuir esses efeitos indesejáveis, foi incorporada essa nova apresentação, que será indicada pelo médico que acompanha o paciente. Além disso, os pacientes com Alzheimer, podem tomar mais medicamentos ou menos que a quantidade prescrita, devido ao esquecimento.

    O acesso a esses medicamentos ocorre por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), do Ministério da Saúde, e é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS, caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde.

    Sendo assim, para ter acesso aos medicamentos elencados acima, os pacientes devem atender aos critérios de elegibilidade do PCDT e apresentar os seguintes documentos em um estabelecimento de saúde designado pelo gestor estadual:

    I - cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS);

    II - cópia de documento de identidade, cabendo ao responsável pelo recebimento da solicitação atestar a autenticidade de acordo com o documento original de identificação;

    III - Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME), adequadamente preenchido;

    IV - prescrição médica devidamente preenchida;

    V - documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado; e

    VI - cópia do comprovante de residência.

    Quais são os fatores de risco da Doença de Alzheimer?

    A identificação de fatores de risco e da Doença de Alzheimer em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado dão à Atenção Básica, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.

    Alguns fatores de risco para o Alzheimer são:

    a idade e a história familiar: a demência é mais provável se a pessoa tem algum familiar que já sofreu do problema;

    baixo nível de escolaridade: pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem uma maior quantidade de estímulos cerebrais.

    IMPORTANTE: Quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida.

    Cuidados especiais com as pessoas que têm Alzheimer
    É necessário seguir algumas dicas e orientações para cuidar de pessoas com Alzheimer, em especial aos pacientes que fazem tratamento em casa (Home Care), ajudando a dar maior conforto e qualidade de vida.

    Para evitar quedas em casa
    Conserve objetos de uso cotidiano sempre no mesmo lugar e com fácil acesso.

    Evite produtos que deixem o piso escorregadio, além de tapetes e capachos.

    Deixe os locais de circulação livres.

    Ilumine todos os cômodos da casa.

    Evite que o idoso use chinelos e sapatos com sola lisa, desamarrados ou mal ajustados.

    Eleve a altura das cadeiras, poltronas, camas e vasos sanitários.

    Utilize corrimão em escadas.

    Para diminuir a agitação
    Não receba muitas visitas em casa de uma só vez.

    Evite barulhos, ruídos, sons muito altos e discussões em casa.

    Evite mudanças bruscas na rotina do paciente.

    Crie distrações, busque novos assuntos, acaricie e abrace a pessoa.

    Fale tranquilamente e não discuta com o paciente.

    Peça ajuda ao médico, caso não consiga acalmar o idoso.

    Cuidados simples podem aumentar qualidade de vida de pessoas com Alzheimer.

    Para evitar desequilibrios na saúde
    Busque orientação de um nutricionista sobre a dieta adequada nos diferentes estágios da doença.

    Mantenha uma rotina de horário e local para as refeições.

    Varie refeições e as ofereça em pequenas porções em pequenos intervalos.

    Ofereça em média oito copos de líquidos por dia (chás, água, sucos etc.).

    Ofereça alimentos com consistência adequada às possibilidades de mastigação.

    Cuide da higiene bucal e leve o idoso ao dentista periodicamente

    Para evitar acidentes no banho
    Cadeira ou banco para o idoso tomar banho sentado.

    Barra de apoio ao lado do vaso sanitário.

    Piso antiderrapante.

    Suporte de sabonete.

    Chuveiro ajustável.

    Alças ou barras de apoio nos boxes.

    Porta do banheiro sem trincos e sem chaves.

    Para uma autoimagem positiva
    Estabeleça e mantenha uma rotina de asseio.

    Permita que o idoso cuide de si mesmo tanto quanto possível.

    Materiais de banho e roupas devem ficar dispostos na ordem de utilização.

    Enxugue a pele com delicadeza e use hidratantes.

    Lave e seque os cabelos.

    Leve o idoso ao sanitário a cada três horas ou intervalos menores.

    Troque fralda e lençóis sempre após ocorrência de urina ou fezes.

    Mantenha a cama sempre limpa e os lençóis bem esticados.

    Para evitar estresse
    Não trate a pessoa como uma criança nem fale dela como se estivesse ausente.

    Cheque aparatos como óculos, aparelhos de surdez e mesmo próteses dentárias.

    Fale de maneira suave e pausada, transmitindo segurança.

    Escolha palavras simples, frases curtas e tom de voz amável e tranquilo.

    Chame a pessoa pelo nome e segure sua mão enquanto conversam.

    Dê tempo suficiente para respostas a perguntas e demonstre que compreendeu.

    Evite discutir e dar ordens. Fale sempre no positivo, dizendo-lhe o que pode e o que deve fazer.

    Como é feito o diagnóstico da Doença de Alzheimer?
    O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue.

    O diagnóstico do Alzheimer no paciente que apresenta problemas de memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de visoespaciais, que é a percepção de espaço.

    Vale ressaltar mais uma vez que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença.

    → Acesse nossa página temática especializada em depressão

    Como prevenir a Doença de Alzheimer?
    A Doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica, no entanto os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença.

    Com isso, as principais formas de prevenir, não apenas o Alzheimer, mas outras doenças crônicas como diabetes, câncer e hipertensão, por exemplo, são:

    Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa.

    Fazer exercícios de aritmética.

    Jogos inteligentes.

    Atividades em grupo.

    Não fumar.

    Não consumir bebida alcoólica.

    Ter alimentação saudável e regrada.

    Fazer prática de atividades físicas regulares.

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  • 02/Jul/2019

    Projeto transforma em lei o direito do paciente hospitalar a acompanhante

    Por: Câmara dos Deputados

    Tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei (PL 4996/16) que dá direito a acompanhante para todos os usuários de serviços de saúde públicos ou privados, como hospitais e clínicas, pelo tempo da internação ou atendimento. O acompanhante será pessoa de livre escolha, havendo a possibilidade de revezamento.

    O projeto é de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS) e já foi aprovado no Senado. O texto altera a Lei 8.080/90 (Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde). Hoje, a lei assegura o direito a acompanhante apenas em caso de internação e somente para alguns segmentos da população: crianças e adolescentes, mulheres grávidas e no pós-parto, pessoas com deficiência e idosos.

    “A presença de visitantes e de acompanhantes nos serviços de saúde mantém a inserção social do paciente”, afirma Ana Amélia.

    Segundo ela, a proposta acompanha a Política Nacional de Humanização, criada em 2003 pelo governo federal, e a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2009.

    Condições adequadas
    A proposta da senadora encarrega o serviço de saúde de proporcionar as condições adequadas para a permanência do acompanhante. Obriga ainda a garantia de “visita aberta” e diária, com possibilidade de revezamento. O texto define visita aberta como “aquela cujo horário é ampliado de modo a permitir o contato do usuário com sua rede sócio-familiar.”

    Quando houver impossibilidade da visita ou acompanhamento, uma justificativa deve ser anotada no prontuário e a cópia disponibilizada para os que se virem privados do direito. O texto determina ainda que os serviços oferecidos pelo SUS adotarão como princípio a humanização das relações e dos processos de atenção e gestão em saúde.

    Tramitação
    O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Seguridade Social e Família; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

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  • 02/Jul/2019

    Solidão maltrata o corpo e a mente dos idosos

    Por: Paloma Oliveto

    O isolamento corrói o bem-estar de idosos, com efeitos no corpo comparáveis aos do álcool e aos do cigarro. Especialistas também alertam para a devastação causada pela condição.

    Há uma cena que o voluntário José Elias Vieira dos Santos já se habituou a ver. Não que se acostume com a ideia. São pessoas chegando ao Lar Samaritano, uma instituição para idosos em Águas Lindas de Goiás, com ordem judicial. “Como o Estatuto do Idoso estabelece que mais de 30 dias sem visita já é abandono, os parentes são acionados pelo Ministério Público”, explica o administrador da casa. A realidade do abrigo localizado no Entorno do Distrito Federal não é diferente da de outras cidades e países. Com o aumento da expectativa de vida, o mundo observa a formação de um exército de solitários.

    Embora esse sentimento possa recrutar para suas fileiras pessoas de qualquer idade, o idoso está na linha de frente. “Nessa fase da vida, ele se depara com situações delicadas, como a perda ou o afastamento de pessoas queridas, doenças, aposentadoria, perda do corpo jovem e da independência, entre outros”, destaca a psicóloga Cecília Fernandes Carmona, autora do artigo A experiência de solidão e a rede de apoio social de idosas, publicado na revista Psicologia em Estudo. “Esse é um período de muitas transformações, marcado especificamente por várias perdas. O sentimento de solidão pode ser percebido como mais agudo pelo idoso por ele estar passando por todas as vicissitudes dessa fase”, explica.

    Nos últimos anos, diversos estudos têm apontado uma forte associação entre a solidão e a incidência de doenças crônicas em idosos. De fato, pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram que o isolamento pode aumentar o risco de morte em 14% nas faixas etárias mais avançadas. O trabalho, liderado pelo psicólogo e especialista no assunto John Cacioppo, descobriu que o estresse provocado por essa sensação induz respostas inflamatórias nas células, afetando, entre outras coisas, a produção dos leucócitos, estruturas que defendem o organismo de infecções.

    Uma outra pesquisa, da Universidade de Brigham Young, publicada na revista especializada Perspectives on Psycological Science, comparou estatísticas de mortalidade e constatou que a solidão é tão prejudicial à saúde quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólico. Recentemente, a revisão de 23 artigos científicos levou pesquisadores da Universidade de York a concluir que a solidão aumenta em 29% o risco de doenças coronarianas e em 32% o de acidentes vasculares. “Intervenções focadas na solidão e no isolamento social podem ajudar a prevenir duas das principais causas de morte e incapacidade em países de renda alta”, alertaram os autores.

    Combate ao isolamento
    Se, no corpo, esse exílio social causa estragos, na mente ele pode ser devastador. “A solidão tende a ser vista como um fato isolado, passageiro, sendo até mesmo mal interpretada como ‘frescura’ ou excesso de sensibilidade, quando, na verdade, é um tema delicado e importante, que pode estar atrelado a outras condições e quadros”, observa Cecília Fernandes Carmona. “Quando não trabalhada, ela pode evoluir para um quadro mais grave, como depressão, levando até ao suicídio”, alerta.

    Diante desses riscos, alguns países têm desenvolvido programas de combate à solidão na terceira idade. Na Inglaterra, onde 17,7% da população tem mais de 65 anos — percentual que deve aumentar para 24,3% em 2039 —, já existem campanhas nacionais, como a EndLoneliness. O país também lançou um serviço pioneiro: um 0800 que recebe ligações de pessoas mais velhas e solitárias. O relatório de atividades de 2016 diz que são feitas 1,4 mil chamadas por dia de idosos que, de outra maneira, não teriam com quem conversar.

    Para a médica gerontóloga Zaida Azeredo, autora de diversos livros e pesquisas sobre idosos, é urgente investir em espaços de lazer e de interação social, além de planos educativos de longo prazo. “Esses são fatores preventivos da solidão”, afirma. No ano passado, ela publicou o artigo Solidão na perspectiva do idoso na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, descrevendo um estudo que fez com 73 idosos frequentadores de centros de convivência de Viseu, em Portugal. Quando perguntados como a sensação de estar só poderia ser diminuída, 28,8% elegeu passeios; 16,4% citou atividades, como ginástica, dança e trabalhos manuais. Quinze por cento escolheu a resposta “família estar mais presente/não abandonar o idoso”.

    “Mamãe, te amo”
    A importância do apoio familiar também foi constatada pela psicóloga Cecília Fernandes Carmona, que entrevistou mulheres de 62 a 80 anos em Uberaba, no Triângulo Mineiro. De acordo com ela, ao explicar o que leva à solidão, as idosas destacaram que o problema não é estar só. “O tempo em que se está sozinho pode se constituir como um momento de dedicação pessoal, ou seja, um período no qual se pode fazer coisas de que gosta, que trazem bem-estar”, esclarece. Mas isso só acontece quando o idoso tem certeza da força de seus vínculos sociais. “O apoio e a presença de familiares e amigos foram um forte fator de proteção contra o sentimento de solidão. Uma vez que o idoso se percebe amparado e bem atendido, ele sente mais confiança em estar sozinho.”

    Há quatro meses, a servidora aposentada Marli da Silva Malta, 75 anos, vive no Lar Samaritano, em Águas Lindas de Goiás. Ela morava com familiares, mas precisou ceder a suíte que ocupava para a filha, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). A solução apresentada foi se mudar para a instituição de longa permanência. Mãe de cinco filhos — que sustentou sozinha ao se separar do ex-marido —, Marli conta que se sente muito solitária desde que, há nove anos, um deles, o mais próximo a ela, sofreu um infarto. “Meu filho faleceu. Ele era meu esteio. Nunca falou uma palavrinha assim para me contrariar. Todo dia, me ligava e me perguntava se eu estava bem, todo dia falava: ‘Mamãe, te amo’”.

    Depois disso, Marli passou a se sentir cada vez mais isolada. Ela morava sozinha, mas foi convencida a se mudar para a casa de uma das filhas. Contudo, a ex-professora afirma que o relacionamento não era bom. “Eu já não aguentava mais reclamação: ‘Ah, tem de dar banho, tem isso, tem aquilo’. Eu não aguentava mais isso, fazer as coisas pra mim, reclamando. Não é cobrando, de jeito nenhum. Mas eu fiz tanto para meus filhos. A dona Marli, eu mandei ir para o espaço e ficou uma carcaça que morria de trabalhar por eles.” Com a doença da filha e a sugestão de que se mudasse novamente, ela foi viver no lar de idosos. Embora admita que é cercada pelo carinho dos profissionais da casa, Marli não esconde a tristeza. “Se eu tivesse gente que tivesse cuidado comigo, eu não estava aqui. A solidão é constante. Me sinto muito só.”

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  • 02/Jul/2019

    Atividades em grupo e como fazer com idosos

    Por: Escola Educação

    A cada ano, a expectativa de vida dos brasileiros fica maior. Por conta disso, quando a terceira idade chega, as pessoas ainda estão cheias de vida e têm muito o que viver e se divertir. Principalmente porque este é o momento em que elas possuem mais tempo disponível e podem viver com menos preocupações.

    Ao mesmo tempo, este é um momento muito delicado da vida dos indivíduos. A idade traz mudanças muito significativas, sejam elas físicas ou comportamentais. A força já não é mais as mesma, a memória começa a falhar, a visão e audição diminuem e os filhos, cheios de afazeres, já não têm tanto tempo disponível.

    Para oferecer uma melhor qualidade de vida, interação social, e estímulo físico, muitos lugares, públicos ou privados, oferecem atividades em grupo para que os idosos. Elas são fundamentais, para além da ocupação do tempo, pois permitem a criação de novos laços, convivência com semelhantes e viver momentos de lazer e descontração..

    Em meio às atividades do dia a dia, ou ainda naqueles dias especiais, as dinâmicas com idosos são capazes de despertar várias áreas do grupo, desde a parte física, até os sentimentos, memória e concentração.

    Papel colorido
    Em grupos de idosos, essa dinâmica mostra-se extremamente eficiente para que eles trabalhem questões sentimentais, principalmente por meio da troca de experiências.
    Material necessário: várias tiras papel com diferentes cores;
    Execução:
    Peça para que os participantes fechem os olhos por alguns momentos e imaginem os sentimentos que estão mais presentes em sua mente naquele instante;
    Depois, cada um deles irá escolher uma tira de papel, que na concepção deles, representa aquilo que estão sentindo;
    Eles serão agrupados conforme a cor do papel que escolheram. Se o grupo não for tão grande, é interessante escolher poucas cores, e ir aumentando-as conforme o número de participantes;
    Os grupos terão em média 5 ou 10 minutos para discutir entre si a respeito dos sentimentos que foram despertados, e como eles afetam o cotidiano daquele indivíduo;
    Passado este tempo, todos os participantes se reunirão em um único grupo, com o intuito de relatar as experiências e como foi a roda de conversa anterior.

    Jogo da memória viva
    Com o passar do tempo é comum que a memória das pessoas já não seja mais a mesma. Porém, quanto mais ela for exercitada, maiores são as chances de que este processo seja retardado. As dinâmicas e jogos cumprem este papel de forma muito eficaz.
    Material necessário: sacola ou caixa escura, vários objetos diferentes, mesa ou outro local de apoio, caneta e papel.
    Execução:
    Reunidos em grupo, cada participante irá retirar um objeto da sacola ou da caixa;
    Em seguida, peça para que cada um deles pronuncie o nome do objeto e coloque-o em cima da mesa;
    Para facilitar a memorização, o nome dos objetos será repetido conforme eles estão sendo novamente colocados dentro da caixa;
    Depois que todos eles estiveram guardados, os idosos deverão usar a caneta e o papel para escrever o nome da maior quantidade de objetos que conseguirem se lembrar;
    Para conferir quantos foram lembrados, quem estiver executando a dinâmica vai retirando um objeto por vez, enquanto a turma confere quantos acertos tiveram.

    Manchetes da vida
    Junto com as questões de memória, surgem também as dificuldades de linguagem. Como forma de exercitar esta área do cérebro, as atividades orais empregadas em dinâmicas são um importante auxílio. Além disso, contar histórias permite que os idosos externalizem seus sentimentos.
    Material necessário: revistas com imagens diversas.
    Execução:
    Distribua as revistas entre os participantes da dinâmica e peça que eles escolham uma imagem que eles gostem ou que represente algo sobre a vida ou história deles;
    Em seguida, peça que contem aos demais membros do grupo porque escolheram aquela imagem a qual a história que está relacionada a ela. É possível, ainda, que dramatizem a história, utilizando diferentes entonações e gestos, para que a roda de história fique ainda mais dinâmica.

    Conhecendo e aprendendo
    Junto com a terceira idade, na maioria das vezes, vem a aposentadoria. Porém, isso não significa, necessariamente, ficar em casa vendo a vida passar. Existem muitos grupos onde idosos se reúnem semanalmente para realizar atividades como a dança, pintura, artesanato, leitura e muitos outros. Essa dinâmica atua como auxiliar para que eles se conheçam melhor, além de proporcionar estímulo da memória e concentração.
    Material necessário: uma bola de tamanho médio ou outro objeto que possa ser jogado.
    Execução:
    Para iniciar a dinâmica, os participantes do grupo devem estar sentados em um círculo;
    Um deles irá iniciar com a bola. Ele irá dizer algo diferente, e que considere importante sobre si. Logo depois vai passar a bola para que outra pessoa faça o mesmo;
    Quando todos tiverem terminado, acontecerá a segunda rodada. Da mesma forma, deverão ir passando a bola uns para os outros, só que dessa vez, é necessário dizer o nome daquela pessoa e o que ela falou sobre ela;
    Caso algum participante tenha dificuldades, oriente o restante do grupo a auxiliá-lo.

    Dançar para se conhecer
    Para aqueles que gostam de dançar, esta dinâmica é ótima para que o grupo se conheça, ao mesmo tempo que praticam algo que os divirta. Além disso, a dança é uma excelente ferramenta para trabalhar o condicionamento corporal.
    Material necessário: música é amplo espaço para dançar.
    Execução:
    Para começar, divida o grupo em duplas;
    Peça que ao início da música eles comecem a dançar, ao mesmo tempo em que conversam e trocam informações sobre si. Vale dizer nome, idade, o que gostam de fazer, se ainda trabalham ou com o que trabalhavam, cidade em que nasceram, entre outras coisas;
    Depois de algum tempo, quem estiver conduzindo a dinâmica deve dar um sinal para que os casais sejam trocados até que todos se conheçam.

    Pra quem você tira o chapéu?
    A chegada da terceira idade traz muitas coisas boas, entretanto, como em todas as etapas da vida, é comum que junto com elas, venham também aquelas que não são tão agradáveis. Nos idosos, é natural que a autoestima fique menor, uma vez que o corpo já não é mais o mesmo. Para driblar este sentimento lembrá-los daquilo que eles têm de melhor, esta dinâmica pode ser uma importante aliada.
    Material necessário: um chapéu com um espelho fixado na parte de dentro.
    Execução:
    Posicionados em círculo, um dos participantes receberá o chapéu de quem está executando a dinâmica;
    Ele irá perguntar se aquela pessoa tira o chapéu para a pessoa que ela está vendo refletida daquele objeto;
    Além disso, para estimular a reflexão, é importante pedir para que cada pessoa justifique a sua resposta;
    A ação vai se repetindo até que todos do grupo tentar participado. Para animais ainda mais, o organizador pode fingir trocar a foto a cada participante.

    Brincando de massinha
    A princípio, pode parecer algo específico para crianças. Mas além de trabalhar as habilidades manuais, esta atividade permite que imaginação, memória e linguagem sejam estimuladas.
    Material necessário: massinha de modelar de várias cores.
    Execução:
    Distribua as massinhas aos participantes;
    Em seguida, peça para que eles as modelem de forma que possam usá-las para contar uma história;
    A história pode ser algo que realmente aconteceu com eles, ou poderão soltar a imaginação e inventar narrativas completamente fictícias.

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